A sustentabilidade como um estilo de vida
A técnica em alimentos, Neuza Santos, encontrou no reaproveitamento de materiais recicláveis uma forma de ser sustentável dentro de casa

Neuzely Miguel Santos, ou apenas Neuza, de 41 anos, moradora de Planaltina de Goiás e técnica em alimentos, mudou seu modo de viver quando quis se casar. Decidida a não comprar móveis convencionais convenceu o seu futuro marido de que queria reaproveitar materiais descartados que poderiam ser reciclados para montar a sua casa nova. Com o seu apoio, Neuza procurou em locais que poderiam ter esses tipos de materiais como nas feiras da cidade e em locais que vendiam objetos usados.
Após a experiência na primeira casa ter funcionando, a técnica em alimentos não quis mais parar. Em sua nova residência, 90% dos móveis são reaproveitados. A maioria dos móveis é feita com peças de guarda-roupas, gavetas, caixa de som, que seriam descartados pela vizinha e até paletes, caixotes encontrados nas feiras.
Ao entrar em sua casa é possível encontrar já de cara o sofá feito de paletes totalmente decorado. Sua escrivaninha é o resultado da transformação feita com a caixa de som que seria jogada no lixo por sua vizinha. Suas portas taças são todos feitos com gavetas de guarda-roupas. Até a porta do seu quarto ganhou um ar de nova ao ser envelopada com papéis decorativos.
Entretanto, não é só dentro de sua casa que é possível ver o reaproveitamento de materiais. Neuza, com o seu marido, construíram uma passarela no quintal com pedaços de granitos descartados pelas pessoas, uma porta blindex, usada para box de banheiro, que foi comprada onde as pessoas costumam vender quando não querem mais, se transformou na mesa da cozinha.
É dessa maneira que ela também economiza. O que não encontra dentro de casa para ser reaproveitado, ou quando falta algum material específico para finalizar algum móvel, recorre aos ferros velhos e aos locais que costumam vender produtos usados pelas pessoas que não veem mais utilidades. Diferente de Neuza, que até um sofá antigo descartado na rua resgatou e com menos de 300 reais o transformou em um novo.
“Não precisava de um sofá, mas quando vi na rua tive que chamar o meu marido para pegar e transformar em um novo. Agora tenho um sofá na minha sala totalmente transformado por mim”.
Não se tem uma estimativa da quantidade de materiais reciclados que já reaproveitou, mas acredita que já esteja próxima da faixa de uma tonelada. Além de fazer para si também aproveita para fazer objetos e presentear seus familiares, que segundo ela, é uma maneira de envolver a sustentabilidade também entre eles.
Além de compartilhar com seus familiares, Neuza também tem um canal no Youtube e uma conta no Instagram que utiliza para compartilhar os seus trabalhos e as decorações de sua casa para inspirar outras pessoas.
Para ela, todo material pode ser reciclado basta que a pessoa tenha vontade de ser sustentável.
Neuza reconhece que a possibilidade de criar objetos e restaurar móveis para sua residência se dá pelo alto número de geração de lixo produzido na sua região. Por não possuir uma coleta seletiva ou descarte correto de materiais não é difícil andar e encontrar amontoados de objetos que poderiam ser reciclados. Um exemplo é o sofá restaurado, que foi encontrado enquanto andava na rua da sua cidade.
Não foi possível saber o posicionamento da Cooperdife; o contato foi realizado, mas não obtivemos respostas.






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