As iniciativas de transformação que renovaram o SCS

Ao andar pelo centro de Brasília, certamente já se ouviu falar sobre o Setor Comercial Sul. A região que detém grandes centros comercias está localizada próxima ao setor hoteleiro e a rodoviária do Plano Piloto. Durante o dia, o vai e vem de pessoas é constante. Ao anoitecer, o cenário muda e a insegurança se faz presente, já que a localidade é conhecida pelo tráfico, prostituição e até mesmo casos de homicídio.
O abandono e descaso que tomaram conta e transformaram o SCS no que ele é conhecido hoje não foi desculpa para que a proposta de revitalização se tornasse realidade. Os amigos e sócios, Caio Dutra, Ian Viana e Felipe Velloso, através de iniciativas de transformação social e econômica, buscam mudar esse cenário problemático com o Coletivo No Setor.
“Nosso objetivo é transformar o Setor Comercial Sul em uma grande referência. Nós buscamos fazer com que as pessoas sintam prazer em frequentar o local, e vejam oportunidades de crescimento ali”, comenta Caio.
A relação de amor e ódio com o SCS, como descreve Caio, fez com ele enxergasse a importância da localidade para Brasília. Tudo começou com eventos de rock, realizados na garagem do prédio onde seu pai trabalhava. Mas foi no carnaval de 2018, com o Setor Carnavalesco Sul, que reuniu cerca de 65 mil pessoas durante os cinco dias de festa, que o No Setor começou a ganhar vida.
Das festas que ocupam corredores e becos a hortas comunitárias. Essas são algumas propostas oferecidas pelo No Setor, que busca oportunidade de inserção para as pessoas em situação de rua ali presentes. O projeto acredita na gestão comunitária para dar melhores condições para essa pessoas.
Além dos três sócios, o No Setor conta com uma equipe que atua na parte de coordenação de comunicação, designers, assessoria de comunicação, financeiro e administrativo.
A volta por cima
O destaque vai para o funcionário José Salustiano Batista Paes, mais conhecido como Salú. Durante dois anos, ele viveu em situação de rua. Salú era camelô na rodoviária e com a renda do trabalho informal conseguia se manter, até que a situação piorou e ele teve de recorrer a viver nas ruas.
Foi em outubro de 2018 que o No Setor o tirou desse cenário violento e o inseriu no mercado de trabalho. Salú trabalha na parte administrativa do projeto e graças a essa ajuda, hoje ele tem um teto para morar, está terminando o ensino médio e tem planos de ingressar na faculdade.
“O Setor Comercial Sul é um lugar que tem grande potencial. As atividades aqui não incomodam as pessoas, como acontece em outras áreas residenciais, que tem todo um conflito com a lei do silêncio. Então aqui nós temos a solução para alguns desses problemas”, acrescenta Caio.
Devido a pandemia o coletivo está com as atividades como festas, tour guiado suspensas. No próprio site é possível acompanhar o trabalho desenvolvido por eles por meio da gestão comunitária, como número de pessoas vulneráveis resgatadas da rua, o cadastro e acompanhamento dessas pessoas. Além de informações como contribuições, divulgação, pontos de coleta de insumos de limpeza que ajudam a manter o banheiro público inaugurado em abril desse ano.
Para mais informações sobre como colaborar, acesse o site e as redes sociais do coletivo.
Site: https://nosetor.com.br/gestao-comunitaria-no-setor/
Instagram: https://www.instagram.com/nosetor/
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCsgLGg_5wYic3A5p00uhDHw






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