No último sábado de março (29), um campeonato de kickboxing, o WGP 79, levou lutadores brasileiros e estrangeiros ao ringue, com lotação expressiva no Ginásio do Cruzeiro. A luta principal da noite teve como vencedor Cabelo Monteiro, que enfrentou Edgar Boca. Esta foi uma das edições da competição nacional, que antecede a edição de Aracaju. As 15 lutas da noite também puderam ser acompanhadas online, pelo YouTube e pelo Canal Combate.

O evento é ligado à Confederação Brasileira de Kickboxing. À medida que os atletas participam das lutas, eles vão sendo convidados para o WGP. “Conforme eles vão subindo no ranking aumentam as chances de conquistar o tão aclamado cinturão”, explica João Vitor Sanches, diretor de comunicação do WGP.

A luta principal da noite foi acirrada, mas não valeu o cinturão. Durante a pesagem, Boca ultrapassou o peso máximo, fazendo com que Cabelo Monteiro não levasse o título.

Preparo é fundamental para vitória

Para participar de um evento tão importante na carreira, a preparação é uma etapa fundamental: rotina de treinos, alimentação regrada e hidratação correta.

O treinador de Edgar Boca, Thimoteo Barros, explica que há um planejamento, principalmente quando há lesões que precisam ser tratadas. “Damos início ao processo de recuperação com fisioterapia e repouso, para em seguida retornarmos aos treinos.”

João Victor, vencedor na categoria peso cruzador, diz que estar em equipe ajuda na preparação. “Eu estava com outros atletas que também iam competir. Estarem todos no mesmo ritmo me ajudou bastante.”

Ariel Villalba, competidor uruguaio no peso meio-médio, treinou todos os dias pensando nessa luta. Quando você treina com os melhores, até ir ao treino é um desafio. Mas eu estava focado em buscar a vitória”, afirma. Com essa determinação, o paraguaio levou o prêmio para casa.

Mulheres no ringue: a força das lutadoras de kickboxing

A luta feminina da categoria peso mosca destacou a força das mulheres na cena do kickboxing. Lucia Apdelgarin, argentina e vencedora da categoria, afirma: “Tenho muito orgulho em poder representar minha equipe e meu país ”. 

A adversária chilena, Josefa Téllez, carrega o mesmo sentimento. “Estou orgulhosa de representar meu ginásio e meu país, e, acima de tudo, de representar o sexo feminino nas artes marciais em nível internacional.”

Solidariedade e esporte como transformação

O ingresso era um quilo de alimento. Para os organizadores, a arrecadação para instituições é uma parte essencial da promoção do evento. “Você está contribuindo não só com o esporte do DF, mas também ajuda a quem precisa”, afirma João Vitor Sanches.