Faltam doadores de sangue no DF
Foram contabilizadas 12.770 doações de sangue no total até 31 de março deste ano
Postado em 19/04/2022
Os estoques de sangue da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) estão 40% menores em relação a março de 2020, quando a Organização Mundial de Saúde declarou a pandemia do novo coronavírus e houve a decretação de lockdown no Distrito Federal.
Segundo dados da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), foram contabilizadas 12.770 doações de sangue no total até 31 de março deste ano. Os números são inferiores quando comparados com os anos de 2020 e 2021.
Em 2020 foram contabilizadas 48.916 doações de sangue, e no ano seguinte (2021) após a vacinação da maioria da população do DF, o Hemocentro obteve um número um pouco melhor, 50.096 doações. Este ano, o Hemocentro postou nas mídias sociais que apenas 8% de seus doadores eram do tipo O-negativo. O sangue O-negativo pode ser usado em emergências quando o tipo sanguíneo do paciente é desconhecido. Como resultado, a demanda por esse tipo de sangue tem aumentado.
Na Fundação Hemocentro de Brasília, o único banco de sangue público do DF, estão cadastrados 2,06 % da população do DF como doadora de sangue, cerca de 63.743 pessoas. “Todos os grupos sanguíneos são relevantes e a doação regular é o que garante a segurança dos estoques. No momento, há maior destaque para os tipos O positivo e O negativo, que estão em níveis abaixo do ideal”, diz a Assessoria de Comunicação Social da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB).
O sangue doado é utilizado no tratamento de pessoas com doenças hematológicas variadas, como doença falciforme e talassemia, além de doenças crônicas, como câncer. “Desde pequeno, acompanhei a satisfação do meu tio em doar periodicamente. Em 2011, quando eu estava no Exército Brasileiro houve uma campanha de doação ao Hemocentro de Brasília e mais ao final do ano de 2011, meu pai foi diagnosticado com leucemia, onde eu pude acompanhar então o outro lado, o lado de quem precisa diariamente”, diz Wayner Wever, 29, doador frequente de sangue.
Serviço
Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas. Quem teve Covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Já quem teve contato com pessoa diagnosticada ou com suspeita de Covid-19 nos últimos 10 dias fica impedido de doar sangue por sete dias após o último contato com a pessoa.
Com relação às vacinas, o tempo de impedimento é mais curto: a vacina contra gripe e a Coronavac impedem a doação de sangue por dois dias após a dose. Já as vacinas Pfizer, Astrazeneca e Janssen impedem por sete dias após cada dose.
O setor de captação de doadores do Hemocentro, em parceria com outras áreas, desenvolve regularmente ações com o objetivo de captar candidatos à doação, seja por meio das redes sociais oficiais ou por meio de ações pontuais. A próxima ação prevista em parceria com o Rockin’1000 é a apresentação de 50 músicos que acontecerá no próximo dia 18 de abril, a partir das 10h na entrada principal do hemocentro. Você pode conferir essa e outras ações por meio dos canais oficiais.
É preciso apresentar documento de identificação oficial com foto (original ou cópia autenticada em cartório), em bom estado de conservação e dentro do prazo de validade. Os documentos aceitos são: carteira de identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira nacional de habilitação, passaporte, carteira profissional emitida por classe. Também são aceitas as versões digitais dos documentos em aplicativos oficiais: carteira nacional de habilitação digital, e-título, registro geral digital e carteiras de classe digital. Não são aceitos crachás funcionais, carteiras estudantis nem certidão de nascimento ou prints de tela e fotos de documentos.