Em meio a seca, eles florescem e colorem as vistas de todos que andam por Brasília. Os ipês se tornaram a marca registrada das ruas e avenidas do Distrito Federal, com diversidade de cores e floração, é difícil não parar para tirar uma foto, dos mais de 230 mil exemplares das árvores que existem em Brasília, e que ajudam a contar um pouco da história da capital. 

Segundo o biólogo e diretor de parques e jardins, da Novacap, Raimundo Silva, no começo de Brasília, “houve uma grande necessidade de refazer a arborização, já que para a construção da nova capital, retiraram toda a vegetação. Primeiro foram plantadas diversas espécies, em que algumas se sobressaíram, como o ipê, assim a árvore caiu nas graças do DPJ e do povo brasiliense”. 

A árvore tem cinco espécies que são diferenciadas pela cor de suas flores, roxa, amarela, branca, rosa e verde, que é o tipo mais raro. Cada uma das unidades florescem em um período determinado, o primeiro a aparecer é o ipê roxo, depois é a vez do amarelo, seguido pelo branco e o verde, o ipê rosa é o que fecha o ciclo.

A espécie faz parte da fauna do cerrado brasiliense, mas o biólogo Raimundo frisou que a árvore consegue se adaptar a quase todos os climas do Brasil e que os cuidados são básicos, “a muda deve ser plantada no período chuvoso, mas não exige muitas regas”. Além da população gostar da espécie, o atual governador do DF, Ibaneis Rocha, pretende chegar à marca de 1 milhão de ipês plantados no território brasiliense. 

Álbuns dos ipês 

Uma grande característica da espécie é sua efemeridade, as flores do Ipê podem durar entre dois dias a três semanas. Então, já virou hobby dos moradores de Brasília aproveitar para tirar fotos das árvores enquanto estão floridas. O fotógrafo, Kiko Paz, afirma “eu gosto muito de fotografar os ipês, porque tem cores fortes, isso é ótimo para dar contraste nas fotografias, mas como o período de floração é curto, vira uma correria para fazer as imagens”. “Fotos dos ipês de brasília são cenários maravilhosos”, completa o fotógrafo.

Mas a beleza da árvore não encanta apenas os brasilienses, o programador gaúcho, Felipe Cardona dos Santos, confessa que já parou nas ruas do DF para admirar e fotografar os ipês, “é uma árvore que não tem onde eu morava, mas ela é diferente de todas que já vi, por conta da sua estatura média, facilita na hora da foto”.