Uma consequência contemporânea da ascensão tecnológica pós Revolução Industrial, foi a migração dos veículos de comunicação para a esfera digital. Em vista desse fenômeno, a circulação de jornais impressos segue com queda. Dados do IVC (Instituto Verificador de Comunicação) mostram que, em setembro, foram produzidos 13,6% exemplares a menos que em dezembro de 2020. Do grupo de veículos analisados, nenhuma empresa registrou alta na circulação impressa no acumulado dos 3 primeiros trimestres deste ano. 

Dono do jornal brasiliense Capital do Entorno, Valter Santana, aderiu a versões digitais do seu veículo, embora relate que em seu comércio o faturamento do impresso ainda é maior. “Foi automática nossa migração para o digital, porque é a mídia que se sobressai já que é o futuro. O impresso é quinzenal e focamos em entregar para os comerciantes e empresários das regiões que atuamos, são 15 mil exemplares. O online é diário e alimentado com conteúdos do entorno do DF”, diz Valter. 

Não é só a Capital do Entorno que mantém um público destinado aos veículos impressos, Sebastião Ribeiro, 58 anos, é um fiel amante da textura do papel e da calma que traz a leitura do formato do jornal. “Todos os dias pela manhã eu tenho meu ritual de descer até a banca para buscar o jornal enquanto minha esposa faz café, até já tentei ler notícias no celular com minha mulher mas não troco a versão de papel por nada”, relata Sebastião. 

A ascensão digital

Por outro lado, o digital segue avançando. À medida em que os jornais deixam o impresso e migram para o digital, são registrados aumento no número de leitores consumidores. Os dados do IVC indicam que o crescimento foi de 6,4% em setembro de 2021 frente a dezembro de 2020. 

O estudante Yuri Raiter, 21 anos, é um dos jovens que contemplam a aderência que a tecnologia proporciona nos diversos cenários da comunicação. “O melhor que a tecnologia me proporciona quando estou em busca de ler notícias é a praticidade de ter tudo consigo. Eu pego o celular do bolso e consigo saber o que acontece no mundo todo, fato que a mídia mais tradicional parece não ter alcançado ainda”, comenta Yuri.