Sesc promove atividades para pessoas com mais de 60 anos

Projeto tem como objetivo dar autonomia e protagonismo aos idosos

Fernanda Ferreira de Matos

Postado em 22/04/2022

Dança de salão para idosos. Foto: Arquivo Sesc

Prolongar a vida foi um dos grandes feitos do ser humano no século XX. Se antes a longevidade era privilégio de poucos, agora ela começa a ser regra e, ao mesmo tempo, um dos maiores desafios dos tempos modernos.

De 2012 a 2019, o número de pessoas com mais de 60 anos no país subiu 18%, alcançando 30,2 milhões, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A previsão é de que, em 2060, um quarto dos brasileiros tenha mais de 65 anos. No mesmo ano, o Distrito Federal terá a menor taxa de fecundidade do país, e a proporção de idosos para jovens será a segunda maior entre as 27 unidades da Federação, com cerca de dois para um.

Para atender essa população, o Sesc fornece vários eventos gratuitos. O Grupo dos Mais Vividos (GMV) é um projeto para pessoas acima de 60 anos que tem como objetivo a promoção da qualidade de vida, da autonomia, do protagonismo e empoderamento da pessoa idosa, por meio de atividades lúdicas, educativas e informativas. “Consiste em promover atividades que possibilite a articulação das dimensões individuais, relacionais e sociais, tornando a velhice um tempo significativo e produtivo, por meio do desenvolvimento de ações voltadas para o exercício da cidadania, enfrentamento da exclusão da velhice e ao fortalecimento do idoso enquanto protagonista”, explica o professor de dança cigana no GMV do Gama, Flávio Telles.

Isabel Veloso, professora aposentada, há cinco anos participa das atividades do GMV no Gama, como dança cigana, teatro e dança cênica. Ela define sua experiência no grupo como uma terapia, onde conquistou ainda mais sua independência e liberdade. Também passou a se sentir mais confiante e otimista, sem medo de pisar em um palco. Isabel também conta com o apoio de sua família, que sempre que pode, acompanha seus espetáculos. Suas netas, Camila, 10 anos, e Eduarda, 16, admiram a coragem da avó de enfrentar um palco, fantasiada de palhaça, por exemplo.

Isabel após uma peça de teatro do GMV. Foto: Fernanda Matos

Com a pandemia, o Sesc fechou suas atividades e muitos idosos ficaram sem ter o que fazer e acabaram se isolando, como foi o caso de Jorge Gonzaga, 75 anos, aposentado da Secretaria de Saúde. “Foi um período difícil, não poder sair de casa, reencontrar os amigos. Antes eu acordava cedo todos os dias para fazer uma caminhada e depois ia para a aula de ioga. Ainda bem que tudo está voltando ao normal”, comemora.

O SESC também oferece palestras motivacionais, psicólogos, apoio ao idoso, profissionais da saúde, além de passeios e viagens. O grupo GMV procura sempre estar ligado com a comunidade e ajudar seus integrantes.

Aula de dança cigana do GMV no Gama. Foto Fernanda Matos

Os grupos acontecem nas Unidades Operacionais e Centro de Atividades: Ceilândia, Estação 504 Sul, Gama, Guará, Taguatinga Norte, Taguatinga Sul, 913 Sul.

São realizadas atividades como oficina de Trabalhos Manuais, Memória, Buscando Saúde, Atividades Físicas e Recreativas, Prevenção de Quedas, Palestras Educativas e Informativas, Campanhas e Seminário.

Para participar do Grupo dos Mais Vividos é necessário ter 60 anos ou mais e apresentar credencial do Sesc, RG e CPF.