A população jovem no Brasil que não pratica esportes vem aumentando cada vez mais, causando preocupação nas organizações de saúde. Especialistas orientam para a prática, explicando que a iniciação esportiva na juventude tem grande importância para o envelhecimento saudável.

No ano passado, o Instituto Ipsos constatou que 31% dos brasileiros não dedicam seu tempo para a prática de esportes, liderando o ranking de 29 países pesquisados. Entre os jovens brasileiros, a Organização Mundial da Saúde (OMS) constatou no final de 2019 que 80% dessa população não pratica esportes regularmente. Professores na linha de frente confirmam que a situação é preocupante: “Iniciei a prática de futsal e futebol na infância, hoje dou aulas para a população. Já dei aula para grupos de crianças e era visível que as crianças que não praticavam, principalmente, de cidade grande, pois possuíam mais dificuldades para se locomover”, diz Alysson Oliveira, professor de educação física e autônomo.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Professores de Educação Física do Distrito Federal, Lázaro Barroso, a atividade física e iniciação esportiva devem ser estimuladas desde a infância, para torná-las hábito. “Sabemos que o adulto é reflexo da criança. Um jovem sedentário, muito provavelmente, irá acarretar um futuro igual”, explica Lázaro.

Professores e alunos

Em Brasília, a título de exemplo, há quase 18 mil profissionais de educação física registrados e preparados para orientar a atividade física para jovens. Heloiza Giselle, professora de tênis e coordenadora do programa Infanto na CTL Tênis, manifesta que as mudanças em seus alunos são percebidas a partir do desenvolvimento motor e interação social. A professora comenta: “Às crianças, incentivamos a prática de mais de um esporte, pois a juventude é a fase decisiva para o desenvolvimento motor. No esporte também é importante que haja um professor qualificado, para o incentivo ao jovem”.

Giovani Enzo, 15 anos, pratica atividades físicas desde os 4 anos de idade e diz: “O esporte melhorou minha saúde, autoestima e convívio social. Me sinto muito bem”. Giovani pratica futsal, ciclismo e caminhada, exercícios que para ele devem ser realizados por todos. “Eu chamo sempre meus colegas e amigos, dizendo que isso faz bem, tanto agora como no futuro”, completa.