O tratamento com células-tronco em animais vêm apresentando resultados eficazes na recuperação e estabilização de diversas doenças, como úlcera de córnea, doença renal crônica, cinomose, osteoartrose, hipoplasia de medula, discopatia, fraturas, dermatite atópica, lesões não cicatrizadas, hepatite, entre outras. A opção terapêutica visa proporcionar bem-estar aos animais.  

As células-tronco — que possuem baixa expressão de proteínas (MHC1 e MHC2), causando reconhecimento celular e incompatibilidade — são retiradas do tecido adiposo (gordura) de um animal saudável, mais conhecido como tratamento com células halógenas e, posteriormente, são separadas em laboratório congeladas, para que depois possam ser descongeladas e aplicadas. 

Pioneira no Brasil, a BIO CELL Terapia Celular oferece terapia com células-tronco personalizada para cada paciente; a quantidade de células utilizadas leva em conta a doença, comorbidades e o peso do animal. Tendo em vista que o número de aplicações também é estabelecido de acordo com cada paciente, em vários casos apenas uma aplicação é o suficiente para possibilitar novamente saúde e comodidade para o animal. “Não tem como garantir cura, pois depende muito da doença e sua gravidade. Na maioria dos casos, ficamos empenhados em melhorar a qualidade de vida do animal”, ressalta a veterinária e gestora da BIO CELL, Patrícia Malard. 

A eficácia do tratamento está relacionada diretamente às individualidades de cada animal. “A partir do diagnóstico da doença, o médico veterinário propõe o tratamento com células-tronco, depois o paciente passa por uma consulta, na qual é realizada uma avaliação do animal e dos exames, para que se estabeleça o melhor protocolo de tratamento e se alinhe as expectativas com os tutores. A partir do protocolo de tratamento estabelecido, as células-tronco são descongeladas e preparadas para serem aplicadas. A aplicação é realizada e o resultado mensurado, em  média, 30 dias após a aplicação”, explica Patrícia Malard. 

A BIO CELL é a única empresa do Brasil que possui o Registro de Produto Veterinário junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para tratamento com células-tronco de cães, gatos e equinos. A clínica não aceita planos de saúde, e os valores do tratamento variam entre R$ 1.200 a R$ 2.500.

Eficácia do tratamento

Marrie, uma labradora de cinco anos, diagnosticada com cinomose, teve sua vida completamente mudada após a terapia celular. Ela apresentava sequelas neurológicas por consequência da doença.

O progresso aconteceu há quatro anos, na primeira aplicação, quando a Marrie voltou a andar. Até então ela tinha passado cerca de dois meses sendo carregada, pois tinha paralisado as pernas traseiras. E quando estava indo para a segunda dose, após 20 dias da primeira aplicação, ela se levantou, deu alguns passos e caiu novamente. Depois da segunda aplicação tudo foi melhorando. Hoje, ela ficou com algumas sequelas da cinomose, como mioclonia (espasmos rápidos e repentinos) e perdeu um pouco a força em toda lateral direita, porém tem uma ótima qualidade de vida. 

“Desde quando iniciamos a aplicação de células-tronco, não só foi benéfico como foi incrível o resultado. Aquela cena da Marrie se levantando e andando um pouquinho vai ficar guardada na memória, foi o dia mais feliz da minha vida”, relata a tutora de Marrie, Lílian Rodrigues.

Lílian conta que pretende continuar fazendo a aplicação da dose de reforço uma vez ao ano, para garantir mais benefícios à vida e saúde de Marrie. “O trabalho do veterinário da Marrie junto à equipe BioCell foi imprescindível para que hoje ela ainda esteja na minha vida. Saber que apenas 5% dos cachorros que pegam cinomose sobrevivem, é desesperador. Mas saber que minha Marrie foi um milagre e conseguiu sair bem, é uma dádiva”, celebra. 

A advogada Alana Abílio, tutora do Burpee, um Bulldog Francês de cinco anos, — que faleceu em dezembro de 2021 —, também recorreu à terapia celular. Burpee, quando filhote, foi diagnosticado com Leishmaniose, doença grave e sem cura; após realizar uma bateria de exames, estava apto para iniciar o tratamento com células-tronco, que resultou em melhoras significativas desde a primeira aplicação e retardou por um tempo a doença. “O período de tratamento foi excelente. Ele era portador de leishmaniose e teve uma melhora considerável na saúde, mas principalmente na pele”, relata.