A condição genética desconhecida por muitos: entenda o albinismo

A falta de pigmentação na pele, olhos e cabelo é uma das características da pessoa com albinismo

Thalya Cunha

Postado em 23/06/2022

O albinismo é uma condição genética que afeta a produção de melanina, responsável por produzir pigmento (cor) para os nossos tecidos, isso é o cabelo, olhos e pele. Essa condição não tem cura, sendo necessário o acompanhamento dos sinais e dos sintomas.

Recentemente, no dia 13 de junho, foi celebrado o Dia Mundial da Conscientização sobre o Albinismo, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014, como forma de informar e  conscientizar a população e combater o preconceito. Segundo a ONU, estima-se que uma em cada 20 mil pessoas no mundo tenha alguma forma de albinismo. A falta de pigmentação pode ser classificada em albinismo ocular que é a ausência total ou parcial da pigmentação nos olhos; cutâneo, quando há pouca ou nenhuma melanina nos cabelos, pelos ou pele; e oculocutâneo quando não há nenhuma pigmentação nos olhos, pelo, pelos e cabelos. 

Mayara Reis, tem 25 anos, é estudante de Psicologia e possui albinismo e em suas redes sociais retrata a realidade de uma pessoa com albinismo, como forma de informação e conscientização. A estudante descobriu a condição logo cedo, ao apresentar nistagmo, movimento involuntário que pode fazer os olhos se mexerem rapidamente.

O albinismo já te impediu de fazer algo?

O albinismo em si não me impede de nada, mas a deficiência visual que eu tenho em decorrência do albinismo já foi empecilho para várias coisas.

Qual a sua relação com essa condição genética?

Eu tenho uma excelente relação com o meu albinismo. Já foi motivo ,sim,  de desconforto, e às vezes, ainda é, mas depois da adolescência eu comecei a me sentir muito mais confortável com quem eu sou e com as minhas características.

Porque decidiu falar sobre isso nas suas redes sociais?

Eu comecei a perceber que muita gente não conhecia o albinismo, inclusive pessoas albinas, que viviam sem ter noção de como lidar com algumas situações. Então decidi trazer informação e conscientização.

Qual o seu objetivo ao explicar isso nas redes sociais?

Gosto de dizer que faço o que faço para que pais de crianças albinas possam encontrar no diagnóstico uma série de possibilidades e não de problemas. Além de trazer visibilidade para o albinismo e suas pautas.

Já passou por alguma situação de preconceito na rua? 

Sim e não. Por conta do albinismo, não me lembro. Mas “de lei” eu “pago uns micos” na rua porque não estou vendo alguma coisa muito óbvia ou porque tomei um tombo ridículo ao não ver um degrau ou desnível.