Alunos da rede pública são beneficiados com nova Escola Parque do Núcleo Bandeirante

Além das práticas esportivas, o intuito é ensinar sobre sustentabilidade e meio ambiente

Eduarda Costa Ayres

Postado em 11/04/2022

A rede pública de ensino do DF conta com oito escolas parques / Foto: Arquivo Pessoal

A Escola Parque da Natureza e Esporte do Núcleo Bandeirante, inaugurada em fevereiro de 2022, oferece atividades complementares no contraturno de alunos da rede pública do Núcleo Bandeirante e Candangolândia. O projeto visa o desenvolvimento e qualidade de vida dos estudantes, com ênfase nas áreas de meio ambiente, sustentabilidade e  educação física. 

Atualmente, a escola está atendendo cerca de 600 alunos, mas o objetivo é abranger mais de 1,5 mil, com perspectiva de ampliação para regiões administrativas como Park Way, Riacho Fundo I e II, que fazem parte da  Coordenação Regional de Ensino (CRE) Núcleo Bandeirante. 

Os estudantes frequentam o local duas vezes na semana; de 7h30 às 12h30 para o turno vespertino e 13h às 18h para o turno matutino. As oficinas oferecidas são: atividades aquáticas; atividades de areia; atividades de campo; atividades coletivas; atividades individuais; lutas; jogos culturais; dança; prática de semear e colher; arte cênica; arte visual; aulas de música. 

A proposta é que os alunos entendam a importância de preservar e respeitar o meio ambiente além das práticas esportivas. “É um lugar muito rico, nós saímos da sala de aula convencional e conseguimos explorar outras áreas. Como é uma escola da natureza, reforçamos o cuidado com os animais; mostramos o córrego e explicamos a importância de não sujá-lo. Acredito que contribui para o crescimento deles como cidadãos e estudantes, pois o que ensinamos, com certeza, será aplicado lá fora”, pontua a professora de educação física Melissa Sena.  

A pedagoga Aretha Salomão, mãe de Maria Eduarda Salomão, 13, revela seu contentamento com a oportunidade que a filha está tendo com as práticas extracurriculares. “É um projeto grandioso, vejo como um escape dessa vida virtual que estamos imersos. As atividades são benéficas tanto para a saúde como para a socialização entre as crianças”, diz. 

A estrutura pedagógica é composta por duas quadras poliesportivas, um bowl de skate, um campo de futebol, duas piscinas infantis, duas piscinas de adulto e uma sala multiuso. “Nossa infraestrutura ainda vai ser aprimorada. O planejamento é construir uma sala multifuncional, uma sala de meio ambiente e sustentabilidade, salas com tatames e salas com espelho”, explica o diretor da escola parque, Mauro Rocha. 

Nesta fase inicial, a equipe gestora da escola está traçando estratégias para enfrentar os obstáculos e alcançar metas futuras. “Como a escola é recém inaugurada, estamos fazendo ajustes e lidando com problemas iniciais, por exemplo, fazer o cadastro de todos os alunos, compra de materiais, definindo os  horários, providenciando monitores para auxiliar os professores. Mas, a meu ver, são problemas pontuais e que em breve iremos solucionar”, conta Mauro.

História das escolas parques 

A implementação de escolas parques faz parte do projeto idealizado pelo pedagogo Anísio Spíndola Teixeira, que teve início em 1947, no estado da Bahia. O educador se baseava nas ideias filosóficas e pedagógicas do filósofo John Dewey.  Para ele, só havia educação onde houvesse práticas de experiências de vida. A denominação parque vem da referência de “parque industrial”, lugar onde se realizam várias atividades. 

O plano educacional de Anísio Teixeira era contemplar 28 instituições em regiões administrativas, para alunos da rede pública. Mas, hoje, o Distrito Federal contabiliza somente oito escolas parques, são elas: EP 303/304 Norte; EP 210/211 Norte; EP 313/314 Sul; EP 307/308 Sul; EP Anísio Teixeira de Ceilândia; EP da Natureza de Brazlândia; Escola Parque da Natureza e Esporte do Núcleo Bandeirante.