Imóveis da capital estão mais acessíveis com a queda da Selic
Com a redução, expectativas do mercado se mostram positivas
Postado em 15/04/2024
O mercado imobiliário do Distrito Federal tem sido diretamente influenciado pelas movimentações da taxa básica de juros da economia brasileira, tendo como exemplo disso a taxa Selic. Recentemente, informações do Banco Central do Brasil revelaram dados significativos sobre o mercado imobiliário, juntamente com a queda dessa taxa e as implicações que esse movimento gera.
A redução da taxa Selic tem gerado otimismo entre os empresários do setor imobiliário. Isso se deve ao fato de que essa queda resulta em taxas de juros mais baixas, tornando os financiamentos de imóveis mais acessíveis para os consumidores. Empresas do ramo demonstram expectativas positivas para 2024, impulsionadas pela perspectiva de um ambiente favorável para investimentos imobiliários.
A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia, que influencia outras taxas de juros do país, como taxas de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. É definida como o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação.
Dados corroboram essa tendência
O Comitê de Política Monetária, Copom, órgão do Banco Central que define a taxa básica de juros da economia – a Selic, reduziu a taxa para 11,75% ao ano em dezembro de 2023, gerando uma diminuição dos custos dos financiamentos. O presidente da Ademi DF, Roberto Botelho, destacou que a redução das taxas de juros é um fator crucial para o mercado, aumentando tanto a demanda quanto a oferta de financiamentos imobiliários.
Lucca Ramos, gerente imobiliário da Pontual Imóveis, relata: “As flutuações de juros influenciam o mercado, particularmente, os juros afetam drasticamente. A correção que a gente usa para o aluguel, por exemplo, que é o IGPM, vem dando negativo há mais de anos. Então, quando vamos corrigir um aluguel na base do IGPM, não há correção, os preços vêm mantendo os mesmos. E na verdade, deveria abaixar.” Para o mercado de compra a visão muda. “Na venda, já é outra história. As taxas estão aumentando. Os bancos, por exemplo, estão financiando mais. Tem banco que está financiando 60% do imóvel, um percentual excelente. Os juros afetam mais o mercado de compra do que o mercado de aluguel. No de aluguel se mantém, basicamente, agora no de vendas varia muito.”
Além disso, dados do mercado imobiliário do Distrito Federal divulgados pela Secovi-DF apontam um movimento expressivo em 2023, totalizando 17,35 bilhões em transações. Esse desempenho positivo está alinhado com a conjuntura de queda da taxa Selic e as condições favoráveis para investimentos no setor.
Financiamentos de imóveis mais acessíveis
A redução das taxas deixa os financiamentos de imóveis mais acessíveis, como também estimula o investimento e impulsiona o mercado imobiliário. No entanto, é importante ressaltar que outros fatores, como índices de inadimplência e demanda por crédito, também desempenham um papel importante na determinação das condições de financiamento.
Lucca traz a expectativa de novos cortes na taxa básica de juros e um cenário favorável para o setor: “Esse ano está tendo uma procura maior. Estou no setor desde 2018, esse ano é o melhor desde que entrei no mercado imobiliário. Está muito movimentado, o telefone toca toda hora, gente comprando, vendendo casa, muitas opções de venda. Acho que até os aluguéis também estão bombando.” Os consumidores e investidores encontram oportunidades atrativas para adquirir imóveis e participar do mercado imobiliário. “Esse ano está muito bom, para falar a verdade, acho que é o ano que estamos focando mais em fazer investimentos.”