Insegurança nas praças públicas de Taguatinga é alerta para a comunidade
Secretaria de Estado da Segurança Pública do Distrito Federal mostrou que em 2023 ocorreram 2.572 crimes contra o patrimônio em Taguatinga
Postado em 12/06/2024
As praças públicas deveriam ser espaços de convivência harmoniosa, onde as famílias pudessem desfrutar de momentos de lazer e relaxamento. No entanto, em Taguatinga, Distrito Federal, esses locais emblemáticos têm sido palco de preocupação crescente devido à falta de segurança.
Demonstrando essa insegurança da região, um balanço criminal da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Subsecretaria de Gestão da Informação do Governo do Distrito Federal mostrou que em 2023 ocorreram 2.572 crimes contra o patrimônio em Taguatinga.
Moradores, comerciantes e frequentadores das praças de Taguatinga têm expressado sua inquietação em relação à sensação de insegurança que permeia esses espaços. Lucca Ramos trabalha próximo a praças da QND e relata: “Se você passar a noite aqui ou quando tiver menos pessoas, sempre vai ter alguém suspeito aqui parado; também tem sempre gente vendendo droga.” A região é passagem direta para as vias principais da cidade. “É complicado porque liga dois pontos da cidade, dois extremos basicamente, então, é difícil, porque dá pra pessoa te roubar e ir embora.”
Identidade da região
As praças públicas são parte integrante da identidade e da vida social de Taguatinga, por isso, é fundamental que sejam preservadas como espaços seguros e acolhedores para todos. “Se a população não intervisse na praça, ela não estaria bem cuidada, porque não tem manutenção do governo”, comenta Lucca. “Precisa ter manutenção para poder manter a qualidade. Tem muitas plantas, por exemplo, que já deviam ter sido retiradas.”
A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios, PDAD, de 2021, mostra que a população urbana da Região Administrativa Taguatinga era de 210.498 pessoas, sendo 54% do sexo de nascimento feminino. Sobre infraestrutura pública nas proximidades dos domicílios, a pesquisa traz que 67,2% do entrevistados responderam que havia ruas arborizadas, 59,2% responderam que havia jardins e parques, 66,1% responderam que existiam praças, 35,2% informaram a existência de espaços culturais públicos, 59,2% informaram que existiam academias comunitárias (também conhecidos como PEC – Ponto de Encontro Comunitário).
Diversão fica perigosa
A falta de iluminação adequada durante a noite é uma das principais reclamações dos moradores. Muitas das praças ficam praticamente às escuras após o anoitecer, criando um ambiente propício para a prática de crimes. Além disso, a ausência de policiamento ostensivo contribui para a sensação de impunidade por parte dos infratores.
A comunidade de Taguatinga clama por medidas urgentes por parte das autoridades competentes. “É triste ver como as praças, que deveriam ser espaços de convivência e diversão, se tornaram locais perigosos”, disse uma moradora local. “Tenho medo de levar meus filhos para brincar na praça, pois nunca se sabe o que pode acontecer”. É essencial garantir a segurança desses espaços públicos, como o aumento do policiamento e a instalação de sistemas de iluminação adequados.