As mulheres vêm conquistando a presença em diferentes espaços da sociedade que por séculos lhes foi negada, devido ao sistema patriarcal. Uma dessas áreas é o esporte. O crescente número de figuras femininas no meio é uma realidade e no futevôlei não seria diferente.

De acordo com a Federação Paulista de Futevôlei, a prática desse esporte aumentou mais de 250% durante a pandemia, e a participação feminina mais que triplicou durante os últimos três anos. 

Thiago Leite, professor de futevôlei, há 4 anos, conta que cada vez mais há um aumento no número de mulheres nesse meio. Ele diz que existem, inclusive, mais alunas, do que alunos, dessa forma, não tendo espaço para preconceito.

O professor declara que muito desse crescimento se dá pela inclusão do esporte. “É uma atividade muito calorosa e intensa. Então se cria um ambiente muito amigável e com uma interação proporcionada pelos participantes. Logo, contribui bastante com a socialização e as amizades”.Ele acrescenta que a prática é apaixonante e um caminho sem volta.

Igualdade entre gênero no esporte

Pollyana Andrade, cirurgiã dentista, de 39 anos, diz que inicialmente começou o futevôlei pois precisava emagrecer, mas acabou se apaixonando. Ela relata que o Arena Planeta contribui com a igualdade entre gêneros, não deixando espaço para discriminação. “Onde pratico, tem esse objetivo e luta para alcançar a igualdade entre gênero no esporte, sem discriminação”.

A dentista pontua que é essencial a presença de meninas em esportes julgados como masculinos. Além disso, diz que deve se ter cada vez mais espaço para elas ocuparem. Pollyana fala que um dos principais benefícios da atividade é poder descansar e esquecer da rotina, muitas vezes, estressante.

William Ribeiro, professor de futevôlei há 8 anos, afirma que a presença feminina está cada vez mais forte no meio. Ele conta que se tivesse a mesma quantidade de investidores e patrocinadores na atividade, como há com homens, certamente haveria um crescimento ainda maior. Entre os benefícios da prática, ele destaca: perda de quase 700 calorias em 1 hora, aceleramento do metabolismo e aumento na resistência física, melhorando a coordenação motora, sem haver restrição de idade ou gênero. 

Protagonismo feminino

Wanessa Freitas, secretária parlamentar, de 39 anos, joga futevôlei há 2 anos e conta ter começado através da influência de amigas que praticavam e falavam muito bem. Ela diz que no esporte já existem grandes campeãs, e que na prática há espaço para todos.

A secretária parlamentar declara que gosta da dinâmica da aula, do contato com a bola e do esporte ao ar livre. Ela fala que no local onde treina, têm muitas árvores em volta das quadras, levando a uma sensação de ar puro. “Esporte é saúde! E quando você se identifica com um, é terapia, é prazeroso!”.

Cecília Malheiros, estudante de psicologia, de 19 anos, relata ter começado a atividade há poucos meses e que iniciou pois sentia falta de fazer esporte. Um dos pontos citados, que ela acredita ser ótimo, é o fato de não haver distinção de treino entre os gêneros.

A estudante ressalta que a presença feminina no esporte mostra um lado mais livre. “A mulher tem liberdade para ocupar qualquer espaço. Ela pode fazer qualquer esporte. Isso acaba contribuindo para que outras mulheres também participem”. Cecília acrescenta dizendo que o futevôlei é muito dinâmico, não havendo necessidade de estar em uma quadra de areia para realizá-lo. “É algo que te preenche”, finaliza.