O Tik Tok vem se popularizando, cada vez mais, com cerca de 1,2 bilhões de usuários em sua plataforma, segundo o DataReportal. Vídeos com rotinas no meio fitness vêm ganhando espaço nas redes, especialmente aqueles que mostram como fazer os exercícios. De acordo com uma pesquisa divulgada pela Forbes, o tema saúde está entre os 10 principais mais vistos na plataforma, possuindo 41% de visualizações. O Tik Tok se tornou um aliado para aqueles que querem sanar rapidamente dúvidas durante a musculação. Porém, será que é indicado?

A estudante de nutrição e influencer, Luísa Leal, de 19 anos, relata que durante uma época pegou inspirações de exercícios no Tik Tok, mas ressalta que, apesar de alguns exercícios possuírem a possibilidade de levar a uma evolução do físico, considera essa prática mais maléfica do que benéfica. “As pessoas possuem objetivos diferentes, além de algumas poderem ter limitações que outras não têm”, finaliza.

A influencer comenta que no início começou a mostrar um pouco do seu treino e da alimentação no Instagram pessoal. Entretanto, ao obter uma evolução corporal, os seguidores começaram a se interessar mais por esta rotina. Assim, Luísa criou uma conta em que ela foca apenas nessa área. “Meu maior objetivo é motivar e inspirar outras pessoas a buscarem uma vida mais saudável e a se tornarem a melhor versão delas mesmas”, declarou.

Cuidados na musculação

O personal e professor de CrossFit, Rafael Oliveira, de 25 anos, também fala a respeito dos possíveis riscos ao realizar essa prática. “A escolha do exercício a ser realizado deve levar em conta o nível de treinamento, se a pessoa tem lesão ou não, flexibilidade, mobilidade, consciência corporal, objetivo. Portanto, ao escolher um exercício de forma inconsequente, pode gerar ou agravar uma lesão”, confirma.

Entretanto, o profissional acrescenta que, se usada de maneira correta, a prática pode ser uma aliada. “Acredito que a execução e até explicação do profissional sobre o exercício podem ajudar na execução. Claro que é bom confirmar a dica com o profissional que montou o treino, pois o mesmo exercício pode variar a nomenclatura”, declara.

O estudante de Educação Física, Gabriel Werneck, de 21 anos, considera como um dos pontos positivos das redes sociais a maior divulgação de informações. “É muito positivo que a atividade física tenha sido tão difundida e abraçada na internet, já que a tendência da população tem sido o sedentarismo”, conclui.