Brasília Vôlei fica com a medalha de bronze no Sul-Americano de Clubes 2021

O Praia Clube conquistou o continente pela primeira vez ao bater o Minas Tênis Clube por 3 sets a 2. Os dois times mineiros garantiram vaga para o Mundial de Clubes Feminino 2021

Vítor Bueno

Postado em 29/10/2021

Em sua primeira participação no Sul-Americano de Clubes Feminino, o Brasília Vôlei conquistou a terceira colocação no campeonato. O time da capital federal ganhou o direito de competir por Brasília ter sido escolhida como cidade sede. Além do Brasília Vôlei, o atual campeão da Superliga, Itambé/Minas Tênis Clube, o campeão da Supercopa, Dentil/Praia Clube, o campeão da Liga Uruguaia, Club Olímpia e o boliviano San Martin disputaram o título entre os dias 21 e 25 de outubro. 

O time candango começou a competição fazendo jogos duros contra os dois grandes favoritos, Minas e Praia Clube, sendo derrotado por 3 a 1 e 3 a 0, respectivamente. Contra os times estrangeiros, o Brasília se impôs. Aplicou um rápido e fácil 3 a 0 no confronto direto com as duas equipes, garantindo o terceiro lugar na competição de pontos corridos, e o título de Melhor Levantadora para a capitã Ana Cristina. 

Brasília Vôlei conquista a terceira colocação em sua primeira participação no Sul-Americano de Clubes e o título de melhor levantadora para a Ana Cristina – Foto: Bianca Amaral

No último jogo, intitulado como final pelo fato de as duas equipes ainda estarem invictas, o time do Praia teve dificuldade, mas venceu a equipe minas-tenista por 3 sets a 2, sendo nomeado o melhor clube do continente. Os dois times garantiram vaga para o Mundial de Clubes Feminino 2021, que acontecerá em Ankara, na Turquia, entre os dias 15 e 19 de dezembro, onde tentarão conquistar o mundo. 

Apesar das derrotas, o técnico do Brasília Vôlei, Rogério Portela, vê o desempenho de seu time como positivo na competição. “É difícil aqui em Brasília termos um evento desse nível, de estar jogando contra um Praia, contra o Minas, mais duas equipes de fora do Brasil. Foi de suma importância para o nosso treinamento. Alcançamos o nosso objetivo. Fizemos bons jogos contra as duas principais equipes brasileiras”, comenta. 

A competição marcou a volta do público ao ginásio do SESI de Taguatinga, mesmo com somente 50% de sua capacidade ocupada. Os ingressos foram ofertados de maneira gratuita para pessoas que efetuaram um cadastro prévio e apresentaram o comprovante de vacinação contra a Covid-19 com as duas doses ou dose única, ou o teste de PCR negativo com até 72 horas da realização do exame. 

O campeonato marcou a volta dos torcedores ao Ginásio do SESI de Taguatinga – Foto: Vítor Bueno

A torcedora Jamilly Amaral, 18 anos, se surpreendeu com a evolução do time durante a competição: “Assistir ao Brasília no Sul-Americano foi algo super positivo. Consegui enxergar melhoras no rendimento do time e de todas as suas jogadoras, como a levantadora Ana Cristina. A equipe conseguiu ser ainda mais equipe, jogando de igual para igual com o Minas, que tem no elenco jogadoras medalhistas olímpicas”. 

Foco na Superliga 21/22

O principal objetivo da equipe brasiliense no Sul-Americano era ganhar ritmo de jogo para a Superliga Feminina 21/22, o campeonato mais importante do país. O time busca um melhor resultado do que o da última temporada, onde perdeu o jogo das quartas de final para o Minas, parando na oitava colocação. 

Assim que acabou o Sul-Americano, a equipe focou na estreia da Superliga, no dia 28 de outubro. “Eu saio do Sul-Americano bem satisfeita, sabendo que a gente tem muito a melhorar, mas reconhecendo que estamos em uma crescente. Na estreia da Superliga já temos um time de briga direta, que é o Maringá. Vamos entrar quente, pegando a sequência desse campeonato que tivemos. A gente sabe que vai ser pesado, mas sabendo do nosso objetivo. Vamos entrar com tudo, pode ter certeza”, diz Edna Elisa, central do Brasília Vôlei. 

A garra das jogadoras não faltou nessa estreia de temporada. Em casa, o Brasília começou perdendo para o time de Maringá, mas conseguiu a virada sobre o time paranaense, no tie-break, vencendo por 3 sets a 2, com parciais de 21/25, 25/17, 22/25, 25/21 e 15/6, no jogo inaugural da Superliga 21/22. A central Edna Elisa foi eleita a melhor jogadora da partida e levou para casa o Troféu Viva Vôlei. 

O Brasília mira conquistar bons resultados na Superliga 21/22 no comando do técnico Rogério Portela. Na primeira vitória, a central Edna foi eleita e melhor jogadora – Foto: Bianca Amaral

Ver o time jogar bem nesse início de temporada, motiva os torcedores, como a Camila Gomes, 21 anos: “Esse jogo já deu um gostinho de como o Brasília vai chegar na Superliga. Sempre com garra, sem abaixar a cabeça para o adversário, buscando jogar, sempre de igual para igual com seriedade, independente do time que estiver do outro lado da quadra. Eu tenho certeza de que o time ainda vai surpreender bastante”. 

O próximo confronto do Brasília Vôlei na Superliga será contra o Fluminense, no dia 5 de novembro, às 19h, no Ginásio Fluminense Football Clube, no Rio de Janeiro. A partida é válida pela segunda rodada do campeonato.