Cafeterias do DF apostam em experiências diferenciadas para atrair o público

Os estabelecimentos conquistaram espaço com cardápios únicos e ambientes aconchegantes.

Beatriz Fagundes

Postado em 24/03/2025

Na capital federal, o café vai muito além de uma bebida quente servida em xícaras. Com o crescimento do mercado de cafés especiais e o aumento da busca por ambientes acolhedores, cafeterias têm apostado em experiências diferenciadas para atrair o público, conquistando clientes ao oferecer um refúgio para quem busca tranquilidade e espaços propícios ao home office.

A Pató, localizada na Asa Norte, é um exemplo de cafeteria que reflete a trajetória de sua fundadora, Eduarda Patriota. Criado durante a pandemia, o espaço nasceu da paixão de Eduarda pela gastronomia e da necessidade de expandir sua produção de doces, que até então eram vendidos sob encomenda. A cafeteria artesanal, inaugurada em março de 2021, aposta em um cardápio diferenciado, que mescla referências estrangeiras e sabores locais.

Localizado na Asa Norte, o ambiente oferece uma experiência gastronômica diferenciada com sabores locais em um ambiente intimista (Foto: arquivo pessoal)

“A gente tenta trazer um pouquinho do Brasil nas coisas. Temos cheesecakes com compotas de cajá, goiabada, morango com cachaça, maracujá do Cerrado. A ideia é criar algo único”, explica a fundadora. Além do menu, o ambiente da Pató também foi pensado para proporcionar uma experiência imersiva. “Eu literalmente pintei as paredes com as cores de que gostava dentro de casa. Queria que as pessoas se sentissem recebidas, como se estivessem na casa de alguém que acabou de assar um bolo.”

Nos últimos anos, a cafeteria precisou se adaptar ao crescimento da clientela. Reformas foram feitas para otimizar o espaço e melhorar os processos, garantindo um atendimento mais ágil. O cardápio, por sua vez, foi estruturado para um serviço rápido. “A ideia é que a pessoa venha para tomar um café e comer um doce gostoso”, explica.

Café com afeto

A Bugu Delícias Caseiras, em Taguatinga, é um exemplo de cafeteria colonial que conquistou espaço entre aqueles que buscam um local tranquilo para trabalhar e socializar sem pressa. Com um ambiente que remete à casa da avó, decorado com móveis de madeira, crochês e quadros vintage, a cafeteria se tornou uma das favoritas de freelancers, estudantes e profissionais adeptos do trabalho remoto.

Gustavo Bugu e dona Natalina Pereira, responsáveis pela Bugu Delícias Caseiras, apostam em um espaço acolhedor e tranquilo em Taguatinga
(Foto: Beatriz Fagundes)

Diferente de outras cafeterias que buscam manter um fluxo constante de clientes, a Bugu adota uma abordagem mais flexível. “Nosso objetivo sempre foi criar um espaço onde as pessoas se sintam à vontade”, afirma Gustavo Bugu, responsável pelo espaço. “Percebemos que muitas pessoas vêm para trabalhar e acabam ficando mais tempo, então buscamos oferecer conforto e um atendimento que respeite esse ritmo.”

Com internet estável, tomadas acessíveis e um cardápio variado ao longo do dia, a cafeteria equilibra produtividade e bem-estar, permitindo que os clientes façam pausas para um café especial ou um momento de descanso no jardim. “A recente ampliação do espaço incluiu um salão dedicado a encontros corporativos, reuniões e pequenos eventos”, explica Gustavo. “Queremos que as pessoas se sintam confortáveis, seja para trabalhar sozinhas ou para trazer suas equipes para brainstorms e planejamentos estratégicos”.

As propostas distintas dessas cafeterias refletem um mercado em expansão e cada vez mais diversificado. Enquanto a Pató aposta na experiência sensorial e gastronômica, a Bugu se destaca por ser um espaço de acolhimento e produtividade. Juntas, essas iniciativas mostram que Brasília tem opções para todos os gostos — seja para quem deseja mergulhar em um universo gastronômico único ou para aqueles que buscam um ambiente aconchegante para trabalhar e relaxar.