Circuito de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno está na 22ª edição

Competição, que tem grupo especial e grupo de acesso, vai até terceira semana de julho

Ana Vitória Lopes dos Santos

Postado em 15/06/2022

Após dois anos de pandemia, uma das celebrações mais tradicionais do Distrito Federal está de volta, a festa junina: e junto com ela, o Circuito de Quadrilhas Juninas. Os grupos participantes representam diversas cidades do DF e Entorno, sendo classificados em dois grupos: Grupo Especial e Grupo de Acesso; neste ano serão 14 equipes em cada grupo. No Grupo de Acesso, os três primeiros colocados se classificam para o Grupo Especial no ano seguinte, e o vencedor do Grupo Especial representa Brasília na competição nacional. As equipes se apresentam em etapas e vão somando pontos para avançar na classificação. São seis requisitos julgados pelos jurados: coreografia, marcação, figurino, animação, casal de noivos e repertório musical.

O evento é promovido pelo Grêmio Recreativo Arraiá Formiga da Roça e pela Liga Independente de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno (LINQ/DFE).

A estreia aconteceu nos dias 4 e 5/06, no Paranoá. Michael Douglas Barbosa, noivo da Quadrilha Sanfona Lascada conta como foi o reencontro com o público após dois anos: “Tivemos momentos lindos e momentos em que tivemos que estar seguros. Algumas coisas que precisávamos aprimorar com o tempo. Mas foi como se fosse a primeira vez que dançamos com o público pelo tempo que ficamos sem apresentar”.

Michael Douglas Barbosa é noivo da Quadrilha Sanfona Lascada (Arquivo Pessoal)

A segunda etapa aconteceu nos dias 11 e 12/06 para o Grupo de Acesso no Sudoeste/Octogonal e nos dias 18 e 19/06 o Grupo Especial se apresenta na Ceilândia. Já a terceira etapa será nos dias 2 e 3/07 para Grupo de Acesso em São Sebastião e 9 e 10/07 para o Grupo Especial, em Samambaia. A quarta e última etapa vai ser nos dias 16 e 17/07 para o Grupo de Acesso no Cruzeiro e 23 e 24/07 o Grupo Especial estará em Taguatinga. A entrada é gratuita e os horários são sábados a partir das 19h e domingos a partir das 18h. 

Lorrane Gabrielly, dançarina do Sanfona Lascada, se queixa do tempo longe dos palcos por conta da pandemia: “Pra gente foi muito ruim. Sem apresentar, sem viajar, sem ver o público. Porque a gente vai muito além de apenas uma fogueira, apenas uma comida típica. Quem participa da cultura junina vê que não é só isso, é muito além”. E a expectativa do grupo para o retorno é grande. “A palavra que resume é: ansiedade. A gente está muito feliz. Depois de dois anos, é muito tempo sem dançar, então espero que seja muito bom esse retorno, esse novo ano, porque vai ser tudo diferente”, completa. 

Lorrane Gabriely é dançarina da Sanfona Lascada e se diz muito ansiosa para o retorno das apresentações (Arquivo Pessoal)

Além das apresentações das quadrilhas, cada etapa conta com alguns shows, serão ao todo 42, com nomes como Luizão do Forró, Trio Siridó, Carlos Silva e Trio Balançado, sempre com os clássicos do xote, baião e estilos do forró. Serão mais de 150 empregos gerados direta e indiretamente.