Brasília é referência nacional em segurança alimentar com 18 restaurantes comunitários
São mais de 1,4 milhão de refeições servidas mensalmente
Postado em 25/06/2025

Brasília se tornou referência nacional no combate à fome e na promoção da segurança alimentar para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Atualmente, o Distrito Federal conta com 18 restaurantes comunitários distribuídos em regiões administrativas estratégicas. O objetivo é expandir o serviço até que cada região tenha sua própria unidade, capaz de atender à demanda local.
Os restaurantes comunitários do DF estão situados em diversas regiões administrativas, incluindo: Arniqueira, Brazlândia, Ceilândia, Estrutural, Gama, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Samambaia, Samambaia Expansão, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho, Sol Nascente, Sol Nascente/Pôr do Sol, Varjão.
Uma das principais características dos restaurantes é o preço acessível: em 13 unidades é possível realizar até três refeições por dia, gastando apenas 2 reais. Além disso, essas unidades funcionam também aos domingos e feriados, garantindo alimentação regular para quem mais precisa.
Restaurantes comunitários garantem dignidade e alimentação de qualidade no DF

De acordo com dados da CODEPLAN, em 2023, mais de 21% dos domicílios do DF estavam em situação de insegurança alimentar, além de mais de 3 mil pessoas vivendo em extrema vulnerabilidade social. Esses números reforçam a necessidade de investimentos constantes em políticas públicas que promovem dignidade e alimentação de qualidade.
Segundo pesquisa de satisfação realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), 75% dos usuários avaliaram como ótima ou boa a qualidade do atendimento e das refeições oferecidas. Só nos últimos quatro meses, foram mais de 1,4 milhão de refeições servidas mensalmente. Esse resultado é reflexo do trabalho dedicado de nutricionistas, que garantem o equilíbrio nutricional e a qualidade dos alimentos oferecidos.
Karen Cristina Moreno, uma das primeiras convocadas para o cargo de nutricionista e responsável pela alimentação no Restaurante Comunitário da Estrutural, explica como é feito esse trabalho cuidadoso. “Trabalhar aqui é levar vida para essas pessoas, e elas merecem ter uma alimentação saudável como qualquer outra pessoa. Nosso trabalho é analisar todos os alimentos que chegam, garantir que estejam em bom estado e montar um cardápio que contenha todas as proteínas e vitaminas necessárias diariamente.”
A assessoria da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) destaca a alta demanda dos restaurantes comunitários e explica como a gestão busca atender a todos. “Os restaurantes comunitários recebem um repasse definido pelo Governo Federal, que permite suprir as 18 unidades com alimentos de boa qualidade e na quantidade necessária para atender a população.”
Referência nacional no combate à fome
O serviço dos restaurantes comunitários no Distrito Federal tem se consolidado como uma importante política pública de segurança alimentar. Só em 2023, foram servidas mais de 17 milhões de refeições, garantindo acesso diário à alimentação para milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade.

Atualmente, o DF possui uma das maiores redes de segurança alimentar do país. O modelo tem chamado a atenção de gestores de outros estados, que buscam entender como funciona para aplicar iniciativas semelhantes em suas regiões.
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), o objetivo principal é assegurar o direito humano à alimentação, conforme previsto na Constituição Federal. A pasta destaca que o serviço busca atender, principalmente, a população em situação de vulnerabilidade social.
A importância desse atendimento é percebida diretamente por quem utiliza os restaurantes. É o caso de Marcos Vinícius, 42 anos, morador da Estrutural. Ele relata que, em períodos de baixa renda, como quando há pouca demanda nos serviços de transporte por aplicativo, as refeições oferecidas no restaurante comunitário fazem grande diferença no orçamento familiar. “O restaurante me ajuda muito a economizar. Esse mês, por exemplo, o Uber tá muito fraco, e a gente tem um custo muito alto dentro de casa”, explica.