A Comunhão Espírita de Brasília promove todas as sextas-feiras, de 7h às 15h, o “Projeto Mãos Estendidas”. Maria Tereza de Carvalho, diretora da Diretoria de Promoção Social e coordenadora da iniciativa, explica que a casa espírita presta auxílio a moradores de rua do Plano Piloto, oferecendo comida, água, banho, cortes de cabelo e roupas novas.

A iniciativa vai além, com a realização de palestras motivacionais, rodas de conversas e outros serviços. “Nosso objetivo final é ajudar, na medida do possível, pessoas que se encontram nessa situação, criando mecanismos para reinseri-los no meio social”, explica Maria Tereza.

Tereza conta que a ação tem como um de seus objetivos centrais o auxílio mental e espiritual. “A busca é por criar realmente um ambiente fraterno e de carinho para aqueles que estão presentes não se sintam deslocados e desconfortáveis, como se sentem no dia-a-dia nas ruas, e sim abraçados por todos os coordenadores e voluntários”, complementa.

Maria disse que, desde 2022, foram feitas cerca de 11 oficinas, chamadas de “Oficinas do Sentimento”, cujo principal objetivo é preparar os voluntários espiritualmente para o trabalho, visando de fato criar um ambiente acolhedor.

A coordenadora do projeto destaca a satisfação com a causa. “Traz um sentimento de gratidão e dever cumprido indescritíveis ao final de cada sexta-feira; com os desabrigados, inclusive, relatando aos voluntários como gostam daquele local justamente pelo tratamento que recebem, que supera até mesmo os cuidados físicos, como o banho e a alimentação”

Um dos voluntários, Edimar Luiz da Silva, conta que adora participar da iniciativa. “Nunca tive nenhum tipo de dificuldade no decorrer dos atendimentos, e também o sentimento de alegria e gratidão por conseguir ajudar os desabrigados é maravilhoso”.

O voluntário ainda ressaltou que é um prazer enorme fazer parte da ação, e que tudo isso garante a ele um imenso aprendizado, principalmente pela energia especial que envolve todo o projeto.

Um dos desabrigados que busca apoio no “Projeto Mãos Estendidas”, é José Antônio André, 68 anos. “É um ótimo projeto, que oferece um auxílio realmente necessário para pessoas como nós, que estamos nessa situação incomum e frágil”.