Terceira edição do Eixão Atípico movimenta Eixão do Lazer

O tema desse ano foi “Inclusão com Protagonismo”, com o objetivo de reforçar o convívio entre pessoas neurotípicas e neuroatípicas

Luna Sardou Machado de Moura

Postado em 28/05/2025

O Eixão Atípico reuniu mais de mil pessoas

Realizado desde 2023, o evento anual Eixão Atípico teve sua 3° edição na manhã do dia 18/05 (domingo) no Eixão Sul. Organizado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Autismo da OAB/DF e com o apoio da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAADF), o Eixão Atípico busca promover a diversidade e conscientizar sobre a importância da participação ativa de pessoas com deficiência – em especial neurodivergentes – em diversos espaços públicos.

O evento teve uma programação diversa, livre e gratuita para todos os públicos – como atividades terapêuticas lúdicas, atrações que vão desde aula de dança e judô infantil até DJ e apresentações ao vivo, distribuição de lanches, massagens e espaços de conversa e debate. O tema do Eixão Atípico desse ano foi “Inclusão com Protagonismo”, que além do lazer, deixa ainda mais em evidência o seu objetivo principal: tornar possível o convívio entre pessoas neurotípicas e neuroatípicas em um espaço inclusivo e acolhedor onde todos possam se enturmar.

A plataforma digital Edu Autista (@eduautista) também foi uma colaboradora do evento.

Além disso, o evento também ofereceu atendimento jurídico, sendo uma parceria da Comissão do Autismo da OAB/DF com a Universidade LS. “Nessa comissão, a gente explora diversos direitos das pessoas com autismo e não envolve só a saúde, mas também envolve a educação, aprendizagem e inclusão”, explica o advogado Vinícius Lopes. “Então tudo isso é um papel que a OAB está desempenhando. Inclusive, aqui no Eixão estamos trabalhando muito nisso e o mais importante é cada vez mais incluir essas pessoas em tudo”, ele acrescenta.

 A comissão também elabora cartilhas e outros materiais informativos para explicar os direitos das pessoas neurodivergentes e impulsiona a implementação de políticas públicas que garantem a inclusão e o apoio adequado para elas.

“Precisamos priorizar algo específico para pessoas autistas e com deficiência, porque está tudo muito padronizado ainda”, diz a também advogada e atual presidente da Comissão do Autismo Flávia Amaral. “Eu ainda acho que falta compreensão, profissionais, observadores, porque cada autista é de uma maneira e essa característica não é padronizada”.

Flávia Amaral, atual presidente da Comissão do Autismo e uma das organizadoras