Amamentar reduz o risco de diabetes tipo 2 na mãe
Pesquisa mostra que amamentar aumenta a sensibilidade à insulina e a tolerância à glicose
Postado em 26/06/2025
É senso comum que o leite materno é extremamente positivo para a saúde de um bebê, a amamentação é incentivada por, no mínimo, 1 ano de vida da criança. Pesquisas feitas pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelam que esse ato também é positivo para a mãe, podendo diminuir em 15% o risco de diabetes e outras doenças.
A diabetes é uma doença causada pela insuficiência ou má absorção de insulina (hormônio que regula a glicose no sangue), que pode aparecer de 4 formas: a diabetes tipo 1, uma doença crônica; a tipo 2, causada por obesidade, sedentarismo ou outras complicações de saúde; a pré-diabetes, que antecede o desenvolvimento da doença; e a diabetes gestacional, que ocorre temporariamente durante uma gravidez.
A nutricionista, Raquel Carvalho, afirma que “a amamentação melhora a sensibilidade à insulina. E ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue , o que pode reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2”. De acordo com a pesquisa realizada em Harvard, o efeito protetor e os benefícios da amamentação podem durar por até 15 anos após o último período de amamentação da mãe.
“Amamentar auxilia na recuperação do útero após o parto, reduz sangramentos, e pode facilitar a perda de peso, já que o corpo gasta energia para produzir leite. A longo prazo, também diminui o risco de doenças como câncer de mama e ovário” completa a nutricionista. Uma mãe em período de amamentação gasta cerca de 500 calorias por dia, o que também pode auxiliar na perda de peso, por isso é manter uma alimentação equilibrada e fazer um acompanhamento durante o processo.
Saúde mental
Além dos benefícios para a saúde física, a saúde mental é diretamente afetada durante a amamentação, como conta a doula Marilda Castro. “Amamentar tem um grande impacto, o ato cria uma conexão entre o bebê e a mãe e é um processo muito lindo de aprendizado para a mãe”.
De acordo com a pesquisa realizada pelo Dr. José Luiz Setúbal, membro da Academia Brasileira De Pediatria, amamentar produz diversos hormônios positivos para a mãe, como a prolactina, que produz uma sensação pacífica e nutritiva que lhe permite relaxar e concentrar-se no seu filho e a oxitocina, que promove um forte sentimento de amor e apego mãe/filho.
Lais Mendes, mãe de três filhos, diz que apesar de ter tido um processo difícil, não se arrepende de ter continuado o processo. “Essa dificuldade foi só nos primeiros dias, ao passar a fase da dor, e de muito choro, foi tudo perfeito! Valeu muito a pena não desistir pois amamentar foi uma ligação única minha com meus filhos. E a lembrança deles me olhando durante a amamentação, com os olhinhos tão cheios de amor, sempre vai ser motivo de felicidade para mim”.
Doação de leite
É comprovado cientificamente que quanto mais a mulher amamenta, mais leite ela produz, e a retirada do leite pode aliviar o peso causado pela grande quantidade. Muitas mulheres relatam dores nas mamas devido ao acúmulo de leite, que pode causar o empedramento, que deve ser tratado antes de desenvolver para mastite.
A doação de leite pode ajudar tanto a mãe, quanto diversos bebês que necessitam de alimentação e não podem receber por diversos problemas. Toda mulher em boas condições de saúde, com excesso de leite e que se disponha a doar voluntariamente pode fazer parte do movimento.
Sara Miano, doadora de leite, relatou que gosta de ajudar essas crianças. “É muito bom saber que o que já me incomodou (excesso de leite), hoje tem ajudado diversas crianças que precisam dessa ajuda, e alivia o coração de mães que, por qualquer razão, não conseguem produzir esse alimento que é essencial na vida inicial de qualquer ser humano”.
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