Bateria de celular: 5 verdades que você precisa saber
Veja como preservar acessório e evitar danos ao aparelho.
Postado em 25/06/2025
Cuidar bem do seu celular vai muito além da proteção contra quedas ou arranhões. A bateria, muitas vezes negligenciada, é um dos componentes mais sensíveis do aparelho. Quando mal utilizada, pode comprometer o desempenho, reduzir a durabilidade e até representar riscos mais sérios, como superaquecimentos ou, em casos extremos, explosões.
Além disso, existem muitos mitos em torno da saúde das baterias, o que leva muitos usuários a adotarem hábitos incorretos que, com o tempo, podem danificar o dispositivo. Para evitar estragos e prolongar a vida útil do celular, é fundamental compreender como as baterias funcionam de verdade.
Por isso, o engenheiro de redes e arquiteto de soluções em tecnologia, Felipe Pereira, e o proprietário da assistência técnica autorizada Apple MYMAC, Ulisses Toledo, selecionaram 5 informações que podem mudar a maneira como você cuida do seu celular.

Deixar a bateria descarregar até 0% é um erro grave
O mito de que é necessário esgotar completamente a bateria antes de recarregá-la ainda é bastante difundido, mas está longe de ser correto. Felipe Pereira explica que as baterias de íons de lítio, usadas nos smartphones modernos, funcionam melhor com cargas parciais.
“Descarregar totalmente a bateria acelera a degradação química do componente. O ideal é iniciar a recarga quando ela atinge cerca de 20%”, afirma o engenheiro.
Além disso, muitos aparelhos já contam com modos de proteção de bateria, recurso que limita a carga máxima a cerca de 85%, justamente para evitar o desgaste excessivo. Ativar essa função pode aumentar significativamente a vida útil do componente.
Pequenas recargas ao longo do dia são mais benéficas
Um dos equívocos mais comuns é achar que o ideal é sempre carregar a bateria de 0% a 100%. Segundo Felipe, isso só contribui para acelerar o ciclo de vida da bateria.
“Recarregar em pequenas doses, antes que a carga chegue ao fim, é mais saudável. Evita o desgaste dos ciclos completos e ajuda a manter a eficiência do celular por mais tempo”, explica o engenheiro.
Modo economia de energia realmente ajuda
Além de poupar bateria em momentos críticos, o modo de economia de energia reduz o consumo geral, limitando processos em segundo plano e diminuindo o brilho da tela. Isso, indiretamente, reduz a frequência com que o aparelho precisa ser recarregado.
Érika Fernanda Gonçalves, publicitária, afirma que usa o celular intensamente no dia a dia e percebe melhorias quando ativa o modo de economia. “Mesmo usando todas as funções, noto que a bateria dura mais tempo. É um recurso que realmente faz diferença”, comenta.
Marca, atualizações e componentes fazem a diferença
A durabilidade da bateria também varia de acordo com a qualidade do aparelho. Smartphones de categorias premium, por exemplo, geralmente vêm equipados com sistemas avançados de gerenciamento térmico e componentes de maior qualidade.
“A capacidade da bateria, medida em miliampere-hora (mAh), é importante — mas as atualizações de sistema também podem impactar o desempenho”, diz Felipe. “Elas podem tanto melhorar quanto piorar a autonomia, dependendo das mudanças implementadas.”
Ulisses Toledo ressalta ainda a importância de utilizar apenas componentes originais, como carregadores e cabos certificados. “Isso reduz os riscos de sobrecarga e garante um funcionamento mais estável.”
Usar o celular enquanto carrega pode ser arriscado
Muitas pessoas têm o hábito de assistir a vídeos ou usar redes sociais enquanto o celular está na tomada, mas essa prática não é recomendada.
“O uso intenso durante o carregamento exige muito processamento e gera calor extra, o que pode sobrecarregar a bateria”, explica Ulisses. “Em iPhones, por exemplo, o ideal é deixar o aparelho ‘descansar’ enquanto carrega.”