Infinu transforma cultura alternativa em ponto de encontro brasiliense

O espaço se consolida como um polo de música independente, moda autoral e gastronomia diversa, atraindo o público para novas experiências culturais.

Júlia Sirqueira

Postado em 08/07/2025

Na movimentada 506 Sul, o Infinu Comunidade Criativa tem se destacado como um dos principais centros de efervescência cultural de Brasília. Criado por Miguel Galvão, também idealizador do festival PicniK, o espaço surgiu com a proposta de revitalizar a W3 Sul por meio de uma programação que une música, moda, arte e gastronomia. A ideia é transformar o local em um ponto de encontro para diferentes públicos, onde a cena cultural contemporânea da cidade possa se expressar de maneira autêntica.

O mês de junho foi especialmente movimentado no Infinu, com a realização do Festival MOVA entre os dias 3 e 11. O evento contou com apresentações de artistas como Céu, Jota.Pê, Mestrinho, Armandinho, Juliana Linhares, Mahmundi e Nelson Faria Quarteto, proporcionando noites imersivas de música brasileira contemporânea. Além disso, nos dias 8 e 9 de junho, o espaço recebeu o projeto “Conexão Sampa, Bahia e Brasília”, que reuniu os shows de YMA e Assucena, reforçando o compromisso do Infinu em promover encontros artísticos que atravessam regiões e linguagens.

Junho no Infinu chegou com uma programação que pulsa arte e diversidade que movimenta a cena brasiliense. / Foto: Júlia Sirqueira

A curadoria dos eventos realizados no Infinu é pensada para refletir a multiplicidade de sons e expressões da música brasileira. Diogo Natan, produtor do festival “Uma Nova Cena”, afirma que seu evento busca dar espaço a artistas autorais, sem se restringir a um único estilo. “Já fiz com algumas de metal, nu metal. A ideia é trazer bandas autorais de diferentes estilos, indo do indie ao metal”, explica. Com quatro edições realizadas ao longo de mais de um ano, o projeto é feito de forma independente e sem periodicidade fixa. “Faço quando quero e quando o espaço está disponível. Já aconteceu em dias variados, de terça a sábado”, conta Diogo. Ele também destaca que a liberdade de formato e curadoria permite que cada edição seja única, criando um ambiente propício para a descoberta de novas sonoridades.

O Infinu vai além dos palcos. O espaço abriga também uma loja colaborativa com curadoria realizada pelo PicniK, reunindo produções autorais locais. A estudante Letícia Coelho, de 21 anos, é frequentadora assídua. “Já fui a três eventos só nos últimos seis meses, como o show da Carne Doce, o festival Uma Nova Cena e a Tropicália! Feira de Discos. É um lugar que valoriza estilos musicais diversos e artistas que fogem do circuito comercial”, conta. Letícia também aproveita outras possibilidades do espaço. “Costumo visitar a loja de roupas quando venho. Dá para ver que é tudo feito com muito cuidado e identidade”, diz.

Na praça gastronômica, o público encontra uma variedade de opções, desde pizzas, cafés e pratos rápidos. Luiz Fernando, 28 anos, participou recentemente do show do cantor Rogério Skylab no local e elogia a estrutura. “A atmosfera do Infinu torna tudo mais especial, é um lugar onde a música e o ambiente se complementam perfeitamente. Sempre como na pizzaria quando venho aqui, é tradição”, afirma. Com uma programação diversa, curadoria atenta, estrutura aconchegante e uma proposta que integra cultura e convivência, o Infinu tem se consolidado como um dos principais espaços de lazer alternativo em Brasília, um lugar onde música, arte, moda e gastronomia coexistem e se alimentam mutuamente.