IBGE publica material sobre saúde mental através do “IBGEeduca”
Material apresenta dados sobre saúde mental e depressão no Brasil.
Postado em 28/05/2025
Para o primeiro período letivo, o IBGEeduca lançou um material especial intitulado “Saúde Mental também é assunto de sala de aula”. A iniciativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística tem como objetivo ministrar temas do dia a dia a alunos da Educação Básica brasileira. A divulgação ao longo desse ano mostra que o IBGEeduca contém conteúdos didáticos para professores e alunos. O material Saúde Mental no Brasil já está disponível no site contendo textos, gráficos e tabelas com dados de pesquisas do IBGE, além de sugestões de atividades para os professores trabalharem com os alunos. Estão previstos, para os próximos bimestres, os temas: Uso de telas e telefone celular para estudantes, Projeto de vida, e Mudanças climáticas.

O documento de saúde mental apresenta dados sobre depressão no Brasil, incluindo informações da Pesquisa Nacional da Saúde 2019 (PNS), da Pesquisa Nacional da Saúde Escolar 2019 (PeNSE) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com formato e linguagem apropriados para o ambiente escolar, o material tem como objetivo que os professores apresentem informações oficiais sobre o tema em sala de aula. Além disso, busca estimular a criação de trabalhos que integrem diversas disciplinas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como o desenvolvimento das habilidades socioafetivas e socioemocionais dos estudantes, e a introdução do letramento estatístico e geocientífico nas escolas.
“A compreensão da saúde mental no ambiente escolar é um processo pedagógico que não pode se basear somente na estatística. Essa abordagem é muito visual, a essência do entendimento da saúde mental está nas condições de vida material, como alimentação, lazer, acessos, condição social. Não podemos generalizar, esse aprendizado é individual e subjetivo. O material oferecido pelo IBGE é um começo, mas o trabalho é um esforço coletivo”, pontuou Pedro Lucas Costa e Lopes de Lima, professor mestre em Educação Especial (Universidade Fernando Pessoa), doutorando em Psicologia do Desenvolvimento Escolar (UnB), e secretário da Associação Portuguesa Voz do Autista.

Para a psicóloga infanto-juvenil Gianina Pizetta o programa tem bastante importância. “É uma iniciativa muito boa vinda do IBGE. Através das pesquisas do instituto eles concluíram sobre a necessidade de tal medida, algo que eu percebo que falta nas escolas. Vejo jovens adoecendo, presença de bullying e a instituição de ensino se omitindo”.