Andrezinho, 27 anos, está no Brasiliense desde 2020, quando foi contratado pelo ´´Jacaré´´ junto ao Ceilândia. O ala revelou que está com uma expectativa boa para a temporada e sonha com um título esse ano. Enfatizou ainda a importância do avanço na copa do Brasil, tanto do Brasiliense quanto do Ceilândia. Falou o quanto isso gera um ganho de visibilidade e financeiro para o futebol da capital, além de destacar a volta por completo do público aos estádios após o período mais duro da pandemia da Covid-19. Confira na entrevista:

O clima no vestiário diante da ótima fase que o time atravessa está bom?

Tá, sim, cara. Você trabalhar com vitórias é muito bom, né? Ainda mais em um clube grande, é muito importante. Vestiário fica bom, treinamento fica leve, tudo fica tranquilo. Nosso elenco já se conhece e os que chegaram depois, nós abraçamos.

Qual a sua expectativa para essa temporada com o ´´Jacaré´´?

A expectativa é muito boa! Nós oscilamos no início da temporada. Do meio para a frente, a gente se fechou e tivemos uma consistência no campeonato, tanto que conseguimos a classificação com duas rodadas de antecedência. A expectativa para o brasileiro é muito boa, nosso elenco é muito forte. O Brasiliense tem uma camisa muito pesada e faremos o possível para subir o time.

Este ano o Brasiliense é considerado um dos favoritos para o acesso da série D para a C. Você acha que agora vai?

Quanto menor é a série, mais difícil fica. Todos os clubes marcam, todos querem jogar, os jogos são bastante disputados. Mas confio na minha equipe, no elenco que temos, e vamos fazer o máximo para subir nessa competição.

Depois de 2 anos, teremos a volta do público aos estádios em uma temporada completa, o quanto você acha que isso pode pesar?

É um fator positivo para o nosso lado. Torcida que apoia, joga junto com a gente, tem hora que estamos sem forças e eles empurrando, ajudando, conseguimos até dar um pique a mais. A dividida é mais forte mesmo estando cansados.

Você almeja conquistar um título grande esse ano pelo ´´Jacaré´´? Como ser campeão brasileiro ou, quem sabe até, da copa do Brasil?

Com certeza! Tudo pode acontecer. É uma competição muito difícil (copa do Brasil). A cada ano que passa, o nível só aumenta. Nós vamos pegar logo uma pedreira agora (o Brasiliense enfrenta o Atlético-MG ) nessa terceira fase, um dos maiores clubes do momento no Brasil, mas estamos aí para sonhar e fazer o possível. Falando do brasileirão, título é sempre bom, ainda mais nacional. Seria um feito muito importante na minha vida e na minha carreira. Mas, primeiramente, pensar no acesso (Brasileirão série D), consequentemente, no título.

Nos últimos 5 jogos o time levou apenas 2 gols. Você acha que tem dedo do Celso Teixeira (treinador) nessa melhora defensiva?

Não só no sistema defensivo, porque a organização começa lá na frente. Os caras do meio e da frente ajudam bastante as linhas de trás. Esse é o espírito, todos se ajudando. Quando chega a bola, ela vem com mais facilidade para nós que estamos atrás. O que mudou bastante foi a organização. A pressão começa lá em cima. As linhas andam e quando estamos sofrendo um ataque, a gente abaixa as linhas e organiza.

O Ceilândia vive um momento de êxtase em sua história. Você considera o Brasilense favorito para a final do candango ou não tem nada disso?

Eu acho que temos que manter os pés no chão. Temos consciência de que temos um grupo muito bom, mas o Ceilândia vive um bom momento e final não tem favoritismo. Eles têm jogadores capacitados, com qualidade, e nós também. Temos que confiar no nosso trabalho, ter pensamento positivo e fazer as coisas acontecerem dentro de campo. Não com camisa, com nome, mas, sim, com muita dedicação.

Com o avanço do Brasiliense e do Ceilândia para a 3ª fase da copa do Brasil, o quanto você acha que isso pesa no ganho de visibilidade para o futebol de Brasília? Qual o grande próximo passo para o futebol de Brasília voltar à elite do Brasil?

Foi bom a gente passar essas fases (copa do Brasil), alavancar o futebol de Brasília. Querendo ou não o futebol da capital não é um dos maiores que temos no país. Então, é bom a gente mostrar para os que desacreditam que aqui tem clubes que são capazes de chegar a níveis mais altos no futebol brasileiro. Falta um pouco de cada coisa: organização, investimento, estrutura, porque os clubes não vão subir de qualquer jeito.