A Inteligência Artificial (IA) vem se tornando cada vez mais comum no ambiente de trabalho dos profissionais que atuam na comunicação, auxiliando diariamente em diversas atividades, seja por meio de criação de texto, imagem, vídeo ou até mesmo na geração de ideias para produção de conteúdo.

O que antes costumava aparecer somente em filmes de ficção científica hoje é uma realidade que impacta positivamente as entregas de demandas. Em um estudo global feito pela AI Snapshot, oito em cada dez usuários brasileiros de IA generativa afirmam que a produtividade aumentou. “O uso da inteligência artificial transforma o trabalho ao automatizar tarefas repetitivas e otimizar processos, liberando as pessoas para se concentrarem em atividades criativas e estratégicas”, relata o professor e pesquisador nas áreas de negócios e tecnologia emergentes, Marcelo Minutti.

No entanto, o fácil acesso à ferramenta permite até que empresas passem a adotá-la por completo na rotina do trabalho. Dessa forma, a IA deixa de ser um complemento para substituir por completo a mão de obra. “A inteligência artificial é o funcionário do mês do meu negócio. Ela permite que eu consiga controlar as ações da empresa sozinho com apenas um comando. Sendo assim, eu não preciso me preocupar com gastos salariais e depender da entrega dos outros”, relata Breno Arau, direct response marketing, sobre preferir a inteligência artificial em vez de uma pessoa.

Embora a IA automatize as tarefas, a supervisão e o discernimento humanos são essenciais para garantir a relevância das decisões tomadas. Para usá-la visando um resultado satisfatório, a pessoa deverá entender como ela funciona, o que ela entrega e saber o que perguntar para gerar o trabalho desejável. Dessa forma, a IA funciona melhor como uma ferramenta que complementa, expandindo a capacidade humana.

A pesquisa aponta também que essa ascensão da ferramenta já é vista como um fator importante para o desenvolvimento da carreira profissional de um indivíduo futuramente, resultando em pontos positivos, como remuneração maior, a chance de explorar novas oportunidades e a vantagem de se adaptar melhor às mudanças do mercado, por se tratar de um assunto que está em constante mudança. Quanto mais conhecimento a pessoa tiver, não somente sobre uma ferramenta IA, mas sim de várias, poderá resultar numa satisfação profissional maior do que outros trabalhadores.

Existem diversas ferramentas automáticas que utilizam IA para tornar esse processo simples e rápido. A mais famosa e recorrida pelas pessoas atualmente é o ChatGPT. Um programa conhecido como chatbot inteligente, onde é possível simular uma conversa, gerando respostas automáticas de perguntas feitas pelo usuário.

Segundo uma pesquisa da agência global de relações públicas MarketCross, 57% dos profissionais de comunicação e marketing entrevistados já utilizaram ou continuam utilizando essa ferramenta de geração de texto. Os outros 43% são redistribuídos em outros programas que usam a inteligência artificial, sendo eles:

Transparência deve reger uso de IA

No marketing, exemplos como o uso de IA para substituir figuras públicas em propagandas demonstram seu potencial para personalização e inovação. As alterações são feitas a partir do uso de deep fake, técnica em que a inteligência artificial consegue alterar, remover ou adicionar o rosto de pessoas em vídeo ou até mesmo plagiar a voz de alguma figura pública. Dois exemplos recentes que demonstraram a utilização desta técnica foi a propaganda do banco Santander, na qual adicionaram o rosto do tenista Rafael Nadal em uma ação publicitária, e a propaganda de um veículo da Volkswagen, em que a cantora Elis Regina, já falecida, aparece recriada por ferramentas da IA.

A adoção da inteligência artificial atualmente no marketing digital se concentra em soluções para automação do produto, análise preditiva, personalização de conteúdo e chatbots inteligentes. Dessa forma, as ferramentas permitem o entendimento melhor dos comportamentos dos consumidores e conseguem otimizar campanhas de publicidade em tempo real.

“As tendências daqui pra frente incluem o uso avançado de dados para hiper personalização, IA gerativa para criação de conteúdo, aprimoramento da experiência do usuário por meio de interfaces conversacionais e a integração dela na análise de sentimentos para entender as reações dos consumidores. Por conta disso, a ética em IA e a transparência nas decisões automatizadas passam a ganhar destaque também”, especificou Minutti.