Museu Nacional recebe exposição que explora cenários não convencionais
Mostra gratuita “Outras Paisagens” exibe obras de 27 artistas que propõem novas leituras sobre o espaço e a paisagem contemporânea
Postado em 22/04/2025
Em exibição até 11 de maio, a exposição “Outras Paisagens” reúne obras de 27 artistas de todo o Brasil e propõe, por meio de linguagens visuais variadas, ressignificar o conceito de paisagem. Livre para todos os públicos e com entrada gratuita, a mostra está disponível para visitação na Galeria 2 do Museu Nacional, de terça a domingo, de 9h às 18h.

Com curadoria da artista visual e professora Juliana Crispe, a exposição convida o público a repensar os espaços que habitamos e o modo como nos relacionamos com eles. As obras transitam entre o real e o imaginado, o passado e o presente, e tratam a paisagem como território vivo e mutável. A proposta é provocar reflexão: o que vemos quando olhamos ao redor? E o que deixamos de ver?
A mostra teve início no Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói, com artistas do Rio de Janeiro e de São Paulo, e cresceu até ganhar alcance nacional. Agora, em Brasília, ela apresenta um recorte diverso em termos de origem, linguagem e gerações.
Entre os destaques da exposição está Pilares Desmedidos, de Corina Ishikura, idealizadora do projeto. Sua obra cruza ciência de dados, sociologia, ecologia e semiótica para investigar a relação entre cultura e natureza. “Quero que o público repense a forma como ocupamos o espaço. Para mim, paisagem é esse campo vivo onde encontros entre humanos, natureza, memórias e matéria acontecem o tempo todo”, diz a artista. Em sua instalação, a arquitetura do museu e a simbologia da capital federal dialogam diretamente com a experiência sensorial da obra.

Outra participante da exposição é Tuca Chicalé, artista visual e pós-graduada em gestão de pessoas, que cria paisagens fictícias e narrativas visuais a partir de materiais que seriam descartados, como embalagens, livros e objetos antigos. Tuca busca despertar a curiosidade do público, convidando-o a refletir sobre o tempo, o cuidado com o outro e com o meio ambiente. Para ela, “Outras Paisagens” não trata apenas do que provém da natureza, mas também das relações humanas, do respeito à diversidade e da liberdade de expressão.
