Cultura e lifestyle fazem de Fefis Correa influencer do quadradinho
Com mais de 37 mil seguidores nas redes sociais, ela faz a “Curadoria da Fefis”, indicando eventos da cidade
Postado em 06/05/2025
As redes sociais têm se transformado em carreira profissional para muitas pessoas. Fernanda Correa, conhecida como Fefis, iniciou sua jornada neste mundo como um hobby, e hoje tem as mídias digitais como trabalho. Atualmente, a jovem conta com 15 mil seguidores no Instagram e quase 22 mil seguidores no Tiktok, com mais de 1,5 milhão de likes em seus conteúdos.
Formada em Nutrição, desde 2020 produz conteúdo. Hoje, sua marca registrada nas redes é a “Curadoria da Fefis”, quadro onde semanalmente publica festas e eventos que acontecem no fim de semana em Brasília. Além disso, também posta seu dia a dia, aproximando os seguidores da sua rotina.
Nessa entrevista, Fernanda conta um pouco mais sobre como é o processo de criação e produção de conteúdo, além da importância de conciliar sua vida pessoal e profissional, encontrando um equilíbrio.

O que te motivou a iniciar na criação de conteúdo? Como foi esse processo?
Eu comecei a criar conteúdo na pandemia, desde 2020 mais ou menos. Como eu estava em casa na pandemia e era minha zona de conforto, eu era muito criativa sobre ideias do que fazer em casa. Então eu comecei a dar dicas do que fazer em casa para os meus amigos. E também dicas de nutrição, como receitas que eu fazia, essas coisas assim. Nessa área, estou finalizando uma pós-graduação, mas agora eu realmente vou seguir para criação de conteúdo e me dedicar 100% a isso no momento.
Como surgiu a ideia da “Curadoria da Fefis”?
É um dos quadros principais do meu perfil. Quando passou a pandemia, eu viajei para São Paulo e gravei os lugares que eu visitei lá, como os museus, os restaurantes que eu fui. E eu vi que deu muito certo, só que eu não moro em São Paulo, aí eu falei: “Agora o que eu vou fazer?”. Então eu decidi começar a gravar aqui em Brasília. Só que eu sempre postava o vlog de eventos que, por exemplo, aconteceu só aquele dia, não tinha próxima data e as pessoas sempre me perguntavam do próximo, queriam ir a esses lugares. E aí foi assim que surgiu a curadoria, com essa ideia de que eu precisava avisar as pessoas para elas também conseguirem vivenciar aquela situação e não só assistir o vlog.

Como você faz essa curadoria? Qual o critério de seleção dos eventos?
Então, eu acabo selecionando o que mais me chama atenção e normalmente são eventos que eu gosto. É muito raro eu indicar algum evento que eu pense: “Acho que não vai ser bom”. Já teve até vezes que eu indiquei um evento, depois de um tempo eu fui nesse evento, não gostei e tirei da minha curadoria, não indiquei mais. Eu tento sempre frequentar os lugares que eu indico, são lugares que eu gosto, são lugares que acho que tem a ver com o meu público também. E eu tento indicar também um pouquinho de tudo assim, porque eu sei que tem gente que gosta mais de ficar em casa ou de ir para o museu do que ir para uma festa, então tento colocar cinema, arte, música, moda, várias áreas para ter muitas opções para todo mundo.
Além da curadoria, você também faz conteúdo de rotina. Como você concilia tudo isso?
É um pouco difícil, porque eu considero o meu conteúdo como lifestyle. Então, eu mostro porque, querendo ou não, essa parte de cultura, eventos, também é a minha vida, porque é onde eu frequento. E é um pouco complicado quando você tem que separar aquilo que você vai mostrar e o que você não vai mostrar. Então saber colocar esses limites e decidir “isso eu vou mostrar”, “isso eu não vou mostrar”, é importante. Geralmente eu separo os momentos com os meus amigos que eu falo: isso aqui eu vou gravar. Ou até com meu namorado mesmo. E tem outros que eu falo: não, isso aqui é de fato para eu focar nisso, nesse momento, nessa relação, ter essa troca porque eu acho que a vida também é feita de relações.
Essa produção de conteúdo, edição, gestão de publicidade, é feita por você ou por algum assessor?
Eu sou a minha própria assessora, a pessoa que responde tudo, entro em contato com as marcas quando precisa, faço edição, gravação, roteiro, tudo sou eu. Eu resolvo tudo, mas eu também conto muito com o apoio de amigos e familiares. Então, assim, às vezes eu tô com uma dúvida de alguma coisa, eu falo com a minha irmã e ela me auxilia. E também, tenho um grupo de amigos de influenciadores de Brasília que, muitas vezes, estou com dúvida de como agir em tal situação e eu mando lá para eles, eles me ajudam bastante, porque às vezes são pessoas que estão há mais tempo nisso do que eu e tem mais experiência também. E eles sempre me dão conselhos ótimos.

No Instagram, sabemos que muito do que vemos é mentira, uma felicidade excessiva. E tem dias que acredito que você também não está bem, mas tem que produzir conteúdo por ser seu trabalho. O que você faz nesses momentos?
Então, uma coisa muito importante é que, durante esses anos criando conteúdo e até antes, eu já fazia terapia. Então a terapia me ajuda muito a me autoconhecer e a lidar com esses momentos também. Tem dias que eu não tô muito bem, então não vou gravar um vídeo, colocar minha cara lá, eu vou só postar uma foto e é isso. Porque é um trabalho. Quando eu vejo que eu estou me comparando muito, eu mal entro no Instagram, só para postar aquela coisa específica e não fico navegando horas. E às vezes, eu também fico conversando com amigas que também estão no mesmo ramo. Então a gente sempre tem essa troca, essa conversa e isso ajuda bastante também.
Qual conselho você daria para alguém que está começando a produzir conteúdo hoje?
Eu diria que ninguém está tão preocupado com a sua vida. Às vezes a gente pensa “eu vou postar tal coisa, eu vou fazer tal coisa, as pessoas vão pensar isso de mim, ou pensar aquilo, me julgar”. Só que está todo mundo focado em si mesmo. Ninguém vive a ponto de passar mais de 24 horas pensando em uma outra pessoa, todo mundo está vivendo sua própria vida. Então, tenta focar em você, se aquilo faz sentido para você e você quer aquilo. Se jogar mesmo, ir tentando, porque uma hora dá certo.