Conheça o herpes-zóster
O vírus causador da doença é o mesmo da catapora e pode aparecer após picos de estresse
Postado em 10/06/2022
A catapora é uma doença infecciosa e altamente contagiosa causada pelo vírus Varicela-Zoster que se manifesta com maior frequência em crianças. A principal característica clínica são lesões na pele acompanhadas de coceira. Este mesmo vírus ocasiona o herpes zóster, conhecido popularmente pelo nome de cobreiro ou zona. Apesar de ser o mesmo vírus, tecnicamente o herpes zóster não é catapora. Os sintomas, a epidemiologia e as complicações são diferentes. É a mesma infecção, mas não é exatamente a mesma doença. O herpes zóster também não tem a ver com o herpes labial ou herpes genital. Os nomes são semelhantes e eles são causados por vírus da mesma família, Herpesviridae, mas herpes zoster e herpes são duas doenças completamente distintas.
Sintomas do herpes-zóster de acordo com o Ministério da Saúde:
- dores nevrálgicas (nos nervos);
- parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão etc);
- ardor e coceira locais;
- febre;
- dor de cabeça;
- mal-estar
O órgão responsável pela saúde diz ainda que a erupção é unilateral, raramente ultrapassa a linha mediana e segue o trajeto de um nervo. Surge de modo gradual e leva de 2 a 4 dias para se estabelecer. Quando não ocorre infecção secundária, as vesículas se dissecam, formam-se crostas e o quadro evolui para a cura em duas a 4 semanas. As regiões mais comprometidas são a torácica que representa 53% dos casos, cervical (20%), correspondente ao trajeto do nervo trigêmeo (15%), lombossacra (11%). Em pacientes imunodeprimidos, ou seja, que fizeram transplante e tomam imunossupressores, as lesões surgem em localizações atípicas e, geralmente, disseminadas.
Picos de estresse
A publicitária, Mariana Brasil, 28, desenvolveu a doença durante um período de estresse familiar, quando sua mãe passava por um tratamento de câncer. Na época Mariana tinha 18 anos, teve feridas abaixo dos seios, na altura da costela, e teve muita coceira. “Ficou bem vermelho, aumentou com o tempo e da mesma forma que apareceu também eu utilizei algumas pomadas para aliviar, chegou a deixar algumas cicatrizes por algum tempo, manchou a pele porque deixou algumas feridas.” Ela conta ainda que teve algumas marcas ocasionadas pela doença, mas que hoje já sumiram.
Sidney Ferreira, 52, teve a doença aos 48 anos. Ele conta que cerca de um ano antes da doença estourar ele estava sentindo coceiras no tórax, mas que ao procurar se havia algo em seu corpo não via nada, era uma coceira que vinha e ia embora, não era algo constante. “No ano seguinte, após um grande estresse passado no trabalho, a coceira se intensificou junto a dores fortes e apareceram erupções similares a cobreiro.” Sidney procurou um médico e veio o diagnóstico na hora, era herpes zóster. “O remédio era de um custo alto mas resolveu, ainda bem.”
Apesar de saber que já tem a vacina, Sidney conta que ainda não tomou por conta do valor alto, quando ele foi pesquisar estava cerca de R$ 400. A vacina desenvolvida está disponível somente na rede particular. A Rádio Bandeirantes trouxe a informação que a nova vacina contra herpes-zóster chega ao Brasil neste mês. A matéria informa que o novo imunizante, já aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), promete chegar com mais de 97% de eficácia, contra 70% da vacina utilizada hoje para a doença. A vacina é recomendada a partir dos 50 anos e muito indicada para quem tem 60 anos ou mais.
A seguir, confira as medidas de prevenção e controle do Herpes-Zóster listadas pelo Ministério da Saúde
- Vacinação.
- Lavar as mãos após tocar nas lesões.
- Pacientes internados: isolamento de contato e respiratório até a fase de crosta.
- Desinfecção: concorrente dos objetos contaminados com secreções nasofaríngeas.
- Imunoprofilaxia em surtos de ambiente hospitalar.