Patrimônio nacional: conheça o Museu Nacional da República em Brasília

Obra de Oscar Niemeyer, o local é preenchido por exposições e visitado por turistas nacionais e internacionais

Nicolle Maica

Postado em 15/04/2024

No cenário cultural e turístico de Brasília, o Museu Nacional da República destaca-se ao desempenhar um papel crucial na preservação, divulgação e educação sobre a herança histórica e diversificada da região, além de movimentar a economia local e promover a identidade nacional. Com suas exposições e programações variadas, o museu se estabelece como um ponto de referência para residentes locais e visitantes interessados em explorar as profundezas da história e da arte, fugindo um pouco da pauta política enraizada, principalmente ao ser localizado no centro da capital, próximo a outros pontos turísticos.

De acordo com Leísa Sasso, coordenadora do Programa Educativo do Museu Nacional da República, turistas de diversos lugares do país e do mundo vão ao Museu, que é notado por ser de fácil acesso e central; além de ser público, gratuito, mediação disponível e uma das maiores obras de Oscar Niemeyer, é patrimônio cultural da humanidade com referência da Unesco.

Quem frequenta o Museu?

Durante a semana, o museu recebe cerca de 500 a 800 visitantes por dia. Já aos finais de semana, entre 1500 e 2000 pessoas frequentam o ambiente. Dentre esses visitantes, estão estrangeiros, locais, turistas de outros estados, público específico e habitual, pós-graduados, estudantes, elite intelectual, dentre outros. “Apesar de estar ao lado da rodoviária, o museu não é visitado pelos que estão em trânsito na rodoviária no dia a dia”, completa Leísa.

Clarisse Melo, estudante que visitou o museu no primeiro final de semana de abril, conta sua experiência: “Para mim, visitar um museu é um momento proveitoso de lazer,  porque oferece uma oportunidade de exploração cultural, educação, experiências sensoriais, relaxamento, socialização e entretenimento, tudo em um único ambiente. Vim ao museu para conhecer a exposição “Matéria-prima” da Gisela Colón e me encantei. Senti como se estivesse em um cenário de filme cósmico e minimalista.”

As exposições

Segundo a coordenadora Leísa, como o museu não possui verba, os projetos se apresentam por meio de propostas que vêm geralmente com uma produção. É solicitado um projeto expográfico, texto curatorial, release  e imagens das obras que pretendem ser expostas. Com isso, a cada 2 a 3 meses as exposições se modificam. As obras, geralmente, trazem reflexão sobre a cidade e seu patrimônio cultural.

Confira a agenda atual:

  • Gisela Colón – até 2 de junho;
  • Aos ventos que hão de vir – até 7 de julho;
  • Um só corpo – até 21 de abril;
  • Zimar – até 2 de junho.

As divulgações acontecem principalmente pelo Instagram, onde estão disponíveis a agenda, programas educativos e o teor das exposições. A divulgação também acontece através do site da Secretaria de Cultura e no jornal Metrópoles, que tem como rotina a divulgação cultural da cidade.

Fragmentos da exposição Gisela Colón – Créditos: Nicolle Maicá

Impacto cultural e educacional

“O Museu recebe exposições variadas de grande porte. Além de contar com a beleza estética do que está sendo exposto, também transforma as pessoas que visitam positivamente, no sentido de que o museu promove reflexão, arte contemporânea, dentre outros fatores”, diz Leísa.


Somado a isso, o espaço possui o programa educativo “Territórios Culturais”, que possui parceria com a Secretaria de Estado de Educação do DF e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF. Segundo dados da secretaria, em 2023, o programa atendeu cerca de 10.000 estudantes da rede pública. Ele disponibiliza professores da rede pública de ensino, mediante seleção por edital próprio, para atuar em espaços culturais e museais no desenvolvimento de ações pedagógicas fundamentadas na educação patrimonial.