Ano passado, foi concluída a duplicação do trecho da DF-001 e a ciclovia que liga o Jardim Botânico ao posto policial da barragem do Paranoá. Porém, a falta de iluminação na área vem causando transtornos para quem transita pela região. 

Rodrigo Lima, morador do condomínio Ville de Montagne, aponta a dificuldade em usar a ciclovia. “Eu costumo usar pelo menos três vezes durante a semana. E no horário que vou, geralmente no final da tarde, é muito complicado praticar a atividade. Um dia me choquei com uma ciclista por falta de luz, quando a vi já estava bem próxima. Então, além da insegurança de estar naquela escuridão, ainda tem o risco de acidentes”. 

A duplicação da faixa e a criação da ciclovia foram responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER). Segundo a Agência Brasília, site de notícias do Governo do DF, os gastos da obra giraram em R$16 milhões e criaram 80 empregos diretos. O portal ainda cita que a construção irá beneficiar 50 mil motoristas que circulam pelo Jardim Botânico.  

Mas a falta de iluminação e segurança no local têm afetado os moradores e trabalhadores que passam pela região à noite. A via DF-001 tem dois outros problemas, não possui pardal e fica perto de áreas de preservação, como ressalta Livino Silva Neto, presidente do Conselho Comunitário de Segurança do JB. “Qualquer controle de velocidade é sempre bem-vindo numa via rápida ou rodovia urbana, acessada por pedestres ou mesmo a fauna, já que a DF-001 é próxima a muitas áreas de preservação. O problema com os pedestres se intensifica no período noturno, pois a falta de iluminação se agrava ao ponto de tornar passível de responsabilização o gestor do equipamento viário”. 

E completa: “obviamente, a falta de luz afeta sobremaneira a segurança pública. Não apenas para os automóveis e pedestres em travessia, mas também para ciclistas, passageiros do transporte coletivo e pedestres em calçadas, expondo-os a outra ordem de violência e crimes”.

Rodrigo concorda com Livino. “A via à noite é realmente muito perigosa também, por mais que o carro possua o farol, ainda fica muito mal iluminada e mal sinalizada por falta de luz”. 

Aos moradores, Livino diz que o ideal é reivindicar. “Devemos reclamar de forma consistentemente cidadã. Junto às concessionárias, ouvidorias do GDF, Administração Regional e Órgãos responsáveis pela obra (já que não dispomos de uma regulação distrital/estadual), à própria ANEEL (instância nacional de regulação) e, se necessário, ao Ministério Público”.