Escola Pequizeiro oferece colônia de férias em julho
Com fundamentos da pedagogia Waldorf, atividades priorizam a natureza e a criatividade
Postado em 21/05/2024
A Escola Waldorf Rural Pequizeiro vai abrir as inscrições para a colônia de férias Ararauna, que acontece em julho, após a finalização do período letivo. As atividades envolvem natureza, brincadeiras livres e conduzidas, dança, culinária, música, trabalhos manuais, contos e relaxamento para crianças até 7 anos. Ela surgiu com o intuito de atender a demanda das famílias que precisam de rede de apoio no período de férias.
Com o ensino fundamentado na metodologia Waldorf, os professores realizam com as crianças atividades como cuidar do jardim, preparar o lanche, guardar os brinquedos, entre outras brincadeiras livres. Além disso, elas têm experiências motoras e sensoriais por meio de materiais naturais, como pedras, conchas, terra, lã, tecidos etc. Assim, dá para atender às necessidades atuais e futuras dos alunos.
Além da Colônia de Férias, a Pequizeiro tem aulas pela manhã e oferece também atividades no contraturno a partir de 1 ano e 5 meses, com parceria do Iriê Brincante, que oferece uma recriação intimista para as crianças. Tudo segue a metodologia Waldorf, que foca na humanização, e que Carol Chaib, professora na escola, acredita ser importante e necessário. “Encontrei nesse caminho a possibilidade da compreensão do ser humano, contemplando prioritariamente seu desenvolvimento da forma mais humana, sensível, respeitosa e harmônica”.
No Distrito Federal, existem duas escolas federadas; a Pequizeiro é uma delas, e também a Escola Moara, que fica na Asa Norte. Já no Brasil, de acordo com a Federação das Escolas Waldorf, aconteceu um crescimento significativo de iniciativas relacionadas à Pedagogia Waldorf, de mais de 200% nos últimos 10 anos. Hoje são 120 escolas Waldorf filiadas e mais 170 em processo de filiação distribuídas em 21 estados brasileiros, reunindo mais de 20 mil alunos e cerca de 2.400 professores.
Pedagogia Waldorf
A Pedagogia Waldorf possui uma visão antropológica, que vê o homem como um conjunto que abrange três dimensões: físico, anímico e espiritual. Tudo isso em harmonia. Dessa forma, as práticas educativas desenvolvem o aluno de forma integral, associando habilidades corporais, cognitivas e emocionais.
A proposta tem objetivo de ensinar à criança inteligência emocional e incentivar a sua criatividade, que são necessárias para o desenvolvimento intelectual, e que geralmente não são aplicadas na maioria das escolas do Brasil.
A psicóloga especialista em desenvolvimento infantil e adolescente, Cleuza Barbieri, que atende jovens de escolas tradicionais, vê essa diferença. “As escolas conteudistas se perdem muito nas relações humanas. Eu atendo muitos adolescentes dessas escolas que sofrem bullying, porque não é trabalhado essas questões psicoemocionais. Precisamos ter indivíduos seguros, confiantes, responsáveis e comprometidos, sabendo de valores de normas de regras, de respeito ao próximo, e não só alunos que são treinados para fazer provas”, comenta a psicóloga.
Nas escolas que usam essa filosofia, existe uma visão individual de cada criança, que tem seu tempo de desenvolvimento respeitado, bem como seus talentos e capacidades tratados como únicos. “Nós temos um cérebro que se desenvolve em etapas, temos fases de desenvolvimento, temos um desenvolvimento de maturidade cerebral, que atualmente não é respeitado, exigindo muito conteúdo, muitas notas, estudar muito com um aparato neurológico que não é maduro o suficiente”.
Quem ficou interessado na colônia de férias, acontece na Escola Pequizeiro no Condomínio Mansões Itaipu no Jardim Botânico. As inscrições serão abertas em junho e aconteceram nas duas primeiras semanas do mês de julho. O valor de cada matrícula somente no matutino é de R$650 e estendido, com almoço incluso, ficando até as três da tarde é de R$850. Pagamentos são realizados somente por pix, transferência ou depósito bancário. Confira mais informações no instagram @escolapequizeiro.
Alunos realizam pintura aquarela. Foto: Arquivo Pessoal Viagem para a Chapada dos Veadeiros. Foto: Arquivo Pessoal Estudantes visitaram o território Kalunga. Foto: Arquivo Pessoal