E commerce: o futuro das vendas

A era digital facilitou o comércio eletrônico e trouxe vantagens para o microempreendedor

Amanda Sales

Postado em 19/11/2021

Ecommerce refere-se às vendas pela internet, mais especificamente, as que são realizadas por uma única empresa, seja um fabricante ou revendedor, por meio de uma plataforma virtual própria. Com o passar dos anos, a era digital invadiu o mundo das vendas,  lojas físicas passaram a ter uma loja online e foram criadas diversas lojas apenas virtuais. Essa tendência se espalhou por todo Brasil. Segundo o levantamento do Statista Digital Market Outlook em 2019, o Brasil registrou, no primeiro trimestre deste ano, 78,5 milhões de operações via comércio eletrônico, um aumento de 57,4% em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Neotrust.

A pandemia deu um gás para o mercado online, com pessoas precisando se reinventar e que viram no meio online uma oportunidade. De acordo com o economista, Pedro Menegon, a tendência de adesão ao e-commerce irá se perpetuar após a pandemia, devido às vantagens que trazem para o dono. Como: a facilidade de criar anúncios e lançá-los rapidamente na rede, mais comunicação com o cliente, facilidade em corrigir erros.

‘‘Com a pandemia, houve  um crescimento significativo na quantidade de MEIs registrados no Brasil. Além de precisarem se reinventar, o mercado digital vem evoluindo cada vez mais e é uma excelente escolha para começar uma empresa’’, explica Menegon.

Em 2020, de aproximadamente 3,36 milhões de empresas abertas, cerca de 2,66 milhões eram MEIs.Um crescimento de 8,4% no número de novos microempreendedores individuais em relação a 2019, segundo o Mapa de Empresas do Ministério da Economia. Atualmente, o país tem cerca de 11,3 milhões de MEIs ativos em 2021.

Tudo isso indica que o país entrou em uma nova era em relação ao comércio eletrônico, impulsionada pela mudança de comportamento, tecnologia e pelas sazonalidades – a Black Friday de 2020 totalizou R$ 4 bilhões em vendas no ano passado, um aumento de 25% em relação ao ano anterior.

Por dentro do mercado online

Fernando Carlo, 22 anos, abriu, durante a pandemia, uma loja de suplementos esportivos. Após ter sido demitido do seu emprego anterior, ele começou a empreender fazendo suas vendas pela plataforma do Instagram. ‘’Foi desafiador de início, concentrei todo meu investimento na loja. E, apesar da pandemia, temos bastante clientela que opta pela comodidade de receber seu produto em casa ao invés de ir até a loja’’.

E destaca as vantagens do seu empreendimento virtual. “Nós conseguimos ter um preço melhor que a concorrência justamente porque nossa alça de investimento é menor, investimos em embalagens, produtos e entregas, economizamos bastante por não ter gastos pontuais como aluguel, água, luz e alguns demais gastos que lojas físicas possuem’’.

A artesã, Luciene Lima, 51 anos, tem o seu negócio online desde antes da pandemia. Teve, inicialmente, sua loja um pouco afetada pela pandemia. 

‘’De início, foi complicado, os Correios fecharam e algumas pessoas tiveram medo de fazer compras. Mais para o meio, houve um aumento nas compras. Acredito que pelo tempo em casa, para desopilar um pouco, as pessoas começaram a comprar mais e mais’’.