Exposição “Galerias Urbanas, Brasília Azul” ocupa parque de Águas Claras
Para o fotógrafo Celso Júnior, Brasília é um universo de múltiplas perspectivas e o azul se destaca
Postado em 08/04/2024
“Brasília Azul” captura a essência da capital explorando o azul presente em diversos elementos da cidade. Através de 30 imagens do fotógrafo Celso Júnior, o público é convidado a percorrer um trajeto visual no Parque de Águas Claras que revela a beleza e a diversidade da capital sob uma nova perspectiva. O projeto é idealizado pelo Instituto de Produção Socioeducativo e Cultural Brasileiro (IPCB), com o apoio da Secretaria de Turismo e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram).
Segundo o Ibram, o projeto é uma proposta diferenciada de ocupação cultural da cidade, de forma sustentável e tecnológica. Totens sustentáveis equipados com painéis solares e sistema de iluminação noturna garantem a visibilidade da exposição 24 horas por dia, 7 dias por semana. Essa escolha permite que o público possa apreciar as obras em qualquer horário.
Ao todo, são 15 estruturas, projetadas para exibição em áreas urbanas de grande circulação, considerando um número mínimo de público circulante durante o período da exposição de 200 pessoas por dia. As imagens ficarão expostas em quatro regiões administrativas do Distrito Federal por 30 dias corridos em cada. O projeto se alinha ao objetivo da Secretaria de Turismo, de apresentar aos moradores e visitantes outro olhar para a cidade, com acessibilidade à cultura e ao turismo.
A inspiração por trás das lentes
Para o fotógrafo Celso Júnior, Brasília é um universo de múltiplas perspectivas e o azul se destaca conectando a sua história com a da cidade. Desde sua chegada a capital, há 20 anos, vindo da metrópole cinza de São Paulo, o artista se encantou com o céu infinito e límpido, tornando-o um tema recorrente em seu trabalho.
“Brasília não foi construída para ser vista, apreciada e desvendada por uma só narrativa! Ela é admirável e muito particular para cada um de nós”, afirma o fotógrafo. “O azul me abraçou quando cheguei aqui e, desde então, busquei capturá-lo em minhas fotografias, entrelaçando cenas cotidianas com imagens monumentais, revelando uma perspectiva histórica, contemporânea e afetiva.”
A arte como ferramenta de transformação
Acreditando na arte como ferramenta de inclusão e diálogo, Celso destaca a importância da acessibilidade à cultura. “Todo artista tem por meta primária a acessibilidade de sua arte, porque é um manifesto, um código, um diálogo. Nada disso existe ou pode ser alcançado se não há o outro para criar essa conexão”.
Sustentabilidade: um compromisso com o futuro
Consciente da responsabilidade ambiental, o fotógrafo incorpora práticas sustentáveis em sua produção artística, utilizando apenas insumos com selos e certificados. “Estamos num processo de entendimento sobre a exploração desenfreada dos recursos naturais. Cada um de nós precisa inserir uma rotina sustentável na nossa vida”, defende.
A exposição “Brasília Azul” se configura como um convite à contemplação da beleza da capital, um mergulho na paleta azul que a define e uma reflexão sobre a importância da preservação ambiental e da acessibilidade à cultura.