Você sabe o que é síndrome fúngica?

Chocolates e açúcares podem piorar o quadro

Ana Paula da Silva Gomes

Postado em 09/05/2022

Dor de cabeça, língua branca, problemas digestivos, candidíase de repetição e ansiedade são sintomas comuns na vida do brasileiro, mas a combinação desses sintomas pode ser provocada pela proliferação aumentada de fungos no intestino, chamada síndrome fúngica.

A nutricionista Amanda Ribeiro explica que a síndrome fúngica está diretamente ligada aos hábitos alimentares de cada um. “Dependendo dos alimentos que consumimos, acontece uma multiplicação exacerbada de fungos, e o intestino entra num estado chamado disbiose intestinal, afetando diretamente a qualidade de vida do paciente”, explica. Segundo Amanda, os alimentos que mais favorecem a síndrome são os açúcares e carboidratos refinados. É importante também prestar atenção nos alimentos que são facilmente contaminados por fungos, como os alimentos a granel, castanhas, frutas secas, uva, amendoim, maçã e cerveja. “Um erro que muita gente comete é de cortar a parte estragada da fruta, e comer a parte aparentemente boa. Quando se trata de fungos, uma vez que ele se torna visível, é porque já se espalhou por outros partes ainda não visíveis. Por isso, é importante jogar tudo fora”, explica.

Amanda completa dizendo que não há um exame certo que detecte a síndrome. “Exames que você tem que fazer para sua rotina para prevenir a síndrome são os exames anuais. Porém para você saber se tem a Síndrome fúngica, é preciso prestar atenção no seu próprio corpo e nos sintomas.” A nutricionista ressalta que é preciso tratar a causa, e não só aliviar os sintomas, que variam desde enxaqueca, micoses e infecção urinária, até corrimento vaginal e língua esbranquiçada.

Tratamento

A primeira etapa é mudar a alimentação. “Corte os alimentos citados anteriormente. Inicialmente, também recomendo a retirada de alimentos com alto teor alergênico. Além da correção alimentar, usa-se alguns suplementos e fitoterápicos, como óleo de côco extra virgem, óleo de alho, chá verde, chá preto, probióticos, Ômega 3, enzimas digestivas, entre outros”, explica Amanda. Ela termina dizendo que cada caso é um caso e deve ser analisado individualmente; por isso, é importante procurar um nutricionista especializado na área.

A estudante de Direito Beatriz Machado relata que descobriu a síndrome por causa de seu desconforto digestivo. “Toda vez que comia ficava com algumas dores, depois que alguns exames deram negativo, recorri à internet. E lá descobri a síndrome fúngica. Logo procurei a minha nutricionista, e mudei minha vida por completo. Hoje estou livre.”

Beatriz conseguiu reverter seu caso de síndrome fúngica com dieta regrada. “Tive que parar completamente de comer açúcar. Eu era viciada em doces, então o processo até a cura foi difícil, mas valeu a pena, pois hoje não sofro com dores ou desconforto”, explica.