Como educadores físicos usam a tecnologia a seu favor em tempos de pandemia
Mesmo com boa parte da população vacinada, o sistema de aulas on-line continua sendo demandado pelos alunos
Postado em 18/11/2021
Com o surgimento do coronavírus, novas rotinas e restrições passaram a fazer parte do cotidiano da população. O fechamento de academias e espaços públicos dificultou o trabalho de profissionais da área esportiva, entretanto muitos acharam uma solução através da tecnologia e começaram a dar aulas on-line. Mesmo com a situação mais controlada e com boa parte da população já vacinada atualmente, alguns educadores físicos continuam usando essa forma de ensino, intercalando com encontros presenciais.
Este é o caso do treinador Edimar Stegues, que antes da pandemia trabalhava apenas de forma presencial como personal trainer, porém passou a dar aulas on-line a partir da quarentena, e depois uniu tanto encontros presenciais como virtuais dependendo da preferência do aluno. “Eu comecei a dar aulas online e fazer lives diárias, e nisso o pessoal foi gostando. E agora, estou indo cada vez mais para o digital, porque eu vi que a galera precisa desse apoio, de você entregar algo mesmo não estando presencialmente”, diz Stegues. O educador físico ainda comenta das adaptações que foram necessárias para as aulas presenciais na casa dos alunos, tais como o investimento em materiais, itens de higienização e até mesmo alteração de exercícios para que não houvesse contato físico.
Luciana Costa, fisioterapeuta e professora de pilates funcional, (atividade que une elementos do pilates e funcional) conta que também começou a dar aulas online por conta da pandemia e essa forma digital foi bem aceita por grande parte dos seus alunos. “Muitos voltaram presencial e muitos já não vão voltar, eles amaram as aulas on-line. Porque é muito prático, não precisa pegar carro, não tem estresse no trânsito, basta conectar e colocar a roupa…então muitos gostaram por conta da praticidade mesmo”. Para a professora, essa forma de ensino viabilizou o aumento de possibilidades para os alunos, uma vez que agora o mesmo pode realizar a aula em qualquer lugar que esteja.
Processo de adaptação
Como Stegues, Luciana também teve que fazer mudanças no sistema presencial. “Antes eu tinha um número maior de alunos presencialmente e hoje não mais; tive que modificar as aulas, então não tem mais revezamento nos aparelhos, é cada um no seu canto. Tem a questão de lavar a mão e passar álcool nos aparelhos, então as aulas estão menos dinâmicas em relação ao que eram”, diz Luciana Costa.
A forma digital também precisou de alterações uma vez que a maioria dos alunos não tinham os equipamentos necessários, logo, muitas vezes, a educadora tinha que improvisar com objetos que tinham em suas casas.
Uma das alunas da professora Luciana, Giovanna Duarte, comenta que começou a fazer diversas atividades físicas on-line com a pandemia e isso a ajudou muito, principalmente, com a questão do deslocamento. “Eu prefiro fazer em casa, mas o principal motivo é por conta do deslocamento, porque eu não preciso ir para o lugar fazer atividade física e depois voltar. Em cinco minutos eu paro e consigo me organizar para começar a fazer a atividade e depois eu já posso voltar a fazer outras coisas”.